-s4p1pa13z31z.jpeg "Praia do Pântano do Sul")
A Praia do Pântano do Sul, localizada em Florianópolis (SC), foi considerada a mais poluída do Brasil em relação à presença de microplásticos. Essa informação, revelada pela ONG Sea Shepherd Brasil em parceria com o Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP), destaca as partículas de plástico com até 5 milímetros que são consumidas por animais marinhos.
Além dos microplásticos, a Pântano do Sul também apresenta altos índices de macrorresíduos e macroplásticos. Embora acumule uma quantidade significativa de resíduos plásticos, a orla é considerada própria para banho de mar, de acordo com as análises realizadas pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) entre abril e maio deste ano.
O estudo também identificou a Praia do Rizzo, na região continental da capital catarinense, como a terceira mais poluída. Como resultado, Florianópolis ocupa o terceiro lugar no Brasil em densidade de microplásticos por metro quadrado.
Confira o top 5 das praias:
- Pântano do Sul, em Florianópolis (SC): 144 microplásticos por metro quadrado
- Praia do Centro, em Mongaguá (SP): 83 microplásticos por metro quadrado
- Praia do Rizzo, em Florianópolis (SC): 78 microplásticos por metro quadrado
- Praia do Botafogo, no Rio de Janeiro (RJ): 55 microplásticos por metro quadrado
- Mariluz, em Imbé (RS): 51 microplásticos por metro quadrado
A pesquisa foi divulgada no dia 19 de agosto e abrangeu 16 meses de expedição, durante os quais foram percorridos 7 mil quilômetros e visitadas 306 praias em 201 municípios.
Confira o top 5 das cidades:
- Mongaguá, em São Paulo: 83 microplásticos por metro quadrado
- Conceição da Barra, no Espírito Santo: 44 microplásticos por metro quadrado
- Florianópolis, em Santa Catarina: 43 microplásticos por metro quadrado
- Arroio do Sal, no Rio Grande do Sul: 43 microplásticos por metro quadrado
- Natal, no Rio Grande do Norte: 39 microplásticos por metro quadrado
Segundo o relatório, a poluição plástica nos oceanos é considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um dos maiores problemas ambientais da atualidade.
O estudo revela que 100% das praias analisadas no Brasil apresentaram resíduos plásticos, com microplásticos detectados em 97% dos locais. Dentre os poluentes, 91% eram plásticos, sendo 61% deles itens descartáveis, como tampas de garrafa. As bitucas de cigarro foram identificadas como o macrorresíduo mais abundante.
Os macrorresíduos incluem objetos como bitucas de cigarro, enquanto os microplásticos são partículas com até 5 milímetros. A pesquisa, intitulada "Expedição Ondas Limpas", utilizou uma metodologia científica conforme o protocolo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) para a coleta e análise de dados em laboratório.
