O próximo dia 15 de novembro, sexta-feira, é a última chance do ano que os brasileiros terão para viajar num feriado prolongado.
Desta vez, nem o Natal e o 1º dia do ano, que caem numa quarta-feira, ajudaram na programação, assim como o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro.
Mas como os tempos não andam muito favoráveis para bolsos apertados, o Viagem em Pauta preparou uma lista para quem não quer pegar avião nem se distanciar muito da capital paulista.
Feriado prolongado logo ali
Para quem não quer ir muito longe, a maior cidade da América do Sul tem parque de aventura, navegação em seu último rio limpo, trilhas em uma das maiores florestas urbanas do mundo e até um inusitado passeio de trator, às margens da represa Billings.
Uma das dicas é o Selva SP, primeiro e único parque de aventuras de São Paulo, em Marsilac, no extremo sul da capiral, a quase 60 quilômetros da Praça da Sé. No local é possível fazer atividades como rafting, tirolesa, SUP e trilhas.
O turismo de base comunitária na região do Polo de Ecoturismo de São Paulo, onde fica o Selva SP, é formado por 120 pequenos empreendedores que adaptaram suas propriedades para atuarem na área do turismo, como o The Roça Park, onde é possível fazer passeios de trator nas margens da Represa Billings.
"Os turistas ficam maravilhados e não têm pressa de ir embora. É como se eles viessem aqui renovar as energias com a natureza", descreve Patricia Garcia dos Santos, uma dos idealizadores das atividades nesse sítio familiar de 14 hectares, em Parelheiros, onde acontece um divertido passeio a bordo de um trator, às margens da represa Billings.
Ainda na capital, a Trilha da Pedra Grande, na Cantareira, é outra atividade imperdível.
A caminhada tem seis quilômetros de extensão (ida e volta), aproximadamente, e dificuldade de grau moderado. Seja pela mata ou por área asfaltada (40 minutos), prepare-se para subir a ladeira.
A caminhada acontece no Pedra Grande, um dos quatro núcleos que formam a região da Cantareira, uma das maiores florestas urbanas do mundo, uma área de quase 8 mil hectares de remanescentes de Mata Atlântica, na zona norte de São Paulo.
Já o cenográfico Parque das Neblinas fica a 115 quilômetros da capital, em Mogi das Cruzes.
Inaugurado em 2004, após um longo trabalho de manejo de eucaliptos, conservação de nascentes e criação de uma reserva ambiental, o parque tem se destacado pelas atividades de ecoturismo que acontecem nessa área de sete mil hectares.
Um dos destaques é a variedade de trilhas bem estruturadas que o visitante pode fazer, em rotas que vão de inocentes 360 metros a 11 quilômetros de extensão. As caminhadas, de dificuldades fácil e média, contam com opções de roteiros autoguiados e monitorados.
Durante a visita do Viagem em Pauta, conhecemos a Trilha das Antas (1.950 metros), uma caminhada autoguiada e de baixa dificuldade, interligada por pontes suspensas que dão acesso a outras trilhas. É como ter a Mata Atlântica bem debaixo dos pés.
Circuito das Águas Paulista
Esse roteiro turístico abrange nove cidades de regiões montanhosas do interior de São Paulo, em destinos a 127 quilômetros da capital, aproximadamente.
É ali que ficam destinos temáticos como a Capital Nacional da Água Mineral, a Capital Brasileira do Termalismo, a Capital Nacional das Flores e até uma cidade que fez da aventura sua principal atividade turística.
Situado na Serra da Mantiqueira, esse consórcio criado em 2004 é formado pelos municípios de Águas de Lindoia, Lindoia, Amparo, Socorro, Holambra, Jaguariúna, Monte Alegre do Sul, Pedreira e Serra Negra.
São Bento do Sapucaí
Para os mais dispostos, a dica é a Pedra do Baú, em São Bento do Sapucaí, a quase 200 quilômetros da capital, entre Campos do Jordão (SP) e Gonçalves (MG).
A meca da escalada paulista é endereço dessa caminhada até o topo da Pedra do Baú. São cerca de 3,5 km de extensão, incluindo 1,8 quilômetro em meio à mata que segue até a base da Pedra. A experiência dura entre cinco e sete horas.
Ao longo da subida é possível ver formações rochosas vizinhas de diferentes perspectivas, como a Ana Chata e a Bauzinho, a versão em miniatura do Baú e com acesso facilitado por uma caminhada leve de 30 minutos.
Embora seja uma trilha autoguiada, a Fundação Florestal, que faz a gestão compartilhada do atrativo com a prefeitura local, exige o uso de equipamentos de segurança, como cadeirinha, capacete e corda.