Por que você precisa conhecer a Ilha de Páscoa

A ilha chilena fica a longos 3.700 km da costa da América do Sul [...]

8 abr 2024 - 17h03

Isolada no Oceano Pacífico, a Ilha de Páscoa é um dos territórios mais distantes de qualquer lugar povoado do planeta. Isso significa dizer que você estará no meio do nada, a 4.100 quilômetros do Taiti, aproximadamente, e a longos 3.700 quilômetros da costa da América do Sul.

No 'Umbigo do Mundo' (Te Pito o Te Henua, em língua rapa nui), todo esforço para chegar será recompensado com caminhadas na borda de um vulcão, mergulhos em águas, exageradamente, azuladas, e uma população de sorriso fácil que faz a gente se sentir em casa.

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Porém, as atrações turísticas mais famosas desse território de origem polinésia com mais de três milhões de anos são os moais, as estátuas gigantes feitas em homenagem a chefes de tribos locais.

Foto: Eduardo Vessoni / Viagem em Pauta

O início

A história dos rapa nui teria começado com a chegada de um grupo da Polinésia, liderada pelo rei Hotu Matu´a com o objetivo de colonizar novas terras, entre os séculos 4 e 8.

Um dos capítulos mais intrigantes da história da ilha são os moais, construções que teriam sido erguidas em três etapas: entre 800 e 1000 d.C., de 1000 a 1200, e entre os anos 1200 e 1600, período no qual pertence a maioria dos moais atuais.

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Primeiro, eram erguidos os ahus, plataformas cerimoniais de pedra, e logo vinham as imensas estátuas com cabeças grandes e mãos sobre o corpo, encomendadas como homenagens aos chefes das tribos locais ou a ancestrais transformados em divindades.

8 motivos para conhecer a Ilha de Páscoa

PRAIAS

Na costa norte da ilha, Anakena é uma das faixas de areia mais famosas de Páscoa.

Essa tranquila praia de águas esverdeadas é uma das melhores opções de banho para quem não quer encarar as águas agitadas e frias do Pacífico. As ondas fracas e as temperaturas amenas de suas águas são ideias para crianças e prática de esportes como snorkeling.

O local, a 18 quilômetros de Hanga Roa, guarda duas plataformas de moais restauradas: o Ahu Ature Huki e o Ahu Nau Nau. Anakena está .

A ilha abriga também outras praias como a Ovahe, em uma enseada ao lado de Anakena e uma das poucas praias de areia; e a Pea, minúscula faixa de areia, em pleno centro de Hanga Roa, como opção para banhistas que não querem se deslocar até Anakena.

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Praia Anakena
Foto: Eduardo Vessoni / Viagem em Pauta

MERGULHO

Seja com cilindro ou snorkel, os mergulhos são algumas das experiências mais marcantes desse destino, cuja transparência de suas águas e a variedade de peixes atraiu até o mais exigente dos mergulhadores, o francês Jacques Cousteau.

As ilhotas de Iti, Kao Kao e Nui são os lugares preferidos de amadores e profissionais que buscam a imensidão do Pacífico com paredões rochosos de até 70 metros de profundidade e corais gigantes.

Para quem não é certificado, é possível mergulhar com snorkel durante os passeios embarcados com paradas para banho de mar.

Foto: Creative Commons / Viagem em Pauta

TRILHA

Uma das caminhadas mais famosas é a que segue até o vulcão Teravaka, no extremo norte de Páscoa. O local é o ponto mais alto da ilha, a 511 metros sobre o nível do mar.

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O atrativo fica a 8,5 quilômetros da cidade e pode ser visitado em caminhadas a partir de Hanga Roa, em uma trilha de cerca de 1h30.

Uma das mais básicas é a Ara O Te Moai, uma caminhada de duas horas por antigos caminhos onde os rapa nui transportavam os moias do vulcão Rano Raraku aos altares sagrados. No local, estátuas espalhadas aleatoriamente pelo chão podem ser vistas em diversas etapas de fabricação, provavelmente, abandonadas durante o período de declínio da cultura local.

Dali, é possível caminhar até o Ahu Tongariki, a famosa plataforma com 15 moais.

Trilha até o vulcão Terevaka
Foto: Wikimedia Commons / Viagem em Pauta

VULCÕES

O Rano Kau é um dos três centros vulcânicos que deram origem à Ilha de Páscoa e é porta de entrada natural a Orongo, antiga aldeia cerimonial rapa nui.

A 324 metros sobre o nível do mar, esse vulcão tem cerca de 2,5 milhões de anos e entrou em erupção pela última vez, há 180 mil anos.

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O Rano Kau abriga uma cratera com uma bela lagoa com microclimas que favorecem o desenvolvimento de diversas espécies de plantas. Os paredões íngremes do vulcão, sobretudo as rochas desgastadas pela erosão marinha do lado sul, são uma das imagens mais impressionantes de toda a ilha.

A propósito, a Ilha de Páscoa é o topo de uma cadeia rochosa de uns três milhões de anos que se esconde a três mil metros no fundo do mar. A partir de explosões vulcânicas surgiram formações impressionantes como os vulcões Rano Kau e Rano Raraku.

Vulcão Rano Kau
Foto: Wikimedia Commons / Viagem em Pauta

CAVERNAS

Uma das atrações escondidas, literalmente, são as cavernas de origem vulcânica com salões internos e janelas naturais com vista para o Pacífico.

Essas formações subterrâneas interligadas por escuros e largos corredores naturais se originaram a partir de trabalhos vulcânicos, há milhões de anos, como a caverna Ana Kakenga.

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A população rapa nui, que havia se multiplicado logo após a chegada dos primeiros habitantes na ilha, foi vítima de uma intensa escassez de alimentos em uma superfície com recursos limitados, dando origem a disputas internas que obrigaram muito daqueles homens a se esconderem no interior dessas cavernas.

Foto: Eduardo Vessoni / Viagem em Pauta

CENTROS CERIMONIAIS

Tongariki, na baía Haga Nui, é a maior plataforma funerária de Rapa Nui e guarda uma sequência de 15 moais, estátuas gigantes erguidas em reverência a seus criadores rapa nui.

Mas como teriam chegado até ali aquelas imensas rochas vulcânicas talhadas de até 86 toneladas?

Algumas pesquisas defendem a ideia de que esses gigantes eram transportadas sobre troncos que rolavam sobre o terreno irregular da ilha; outras afirmam que estruturas feitas com pedras lisas ajudavam no transporte.

Mas a melhor das teorias é a que vem da tradição oral: os moais, simplesmente, caminhavam.

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Foto: Eduardo Vessoni / Viagem em Pauta

PÔR DO SOL NO PACÍFICO

Localizado em frente ao ahu Vai Uri, o setor cerimonial de Ahu Tahai, próximo a Hanga Roa costuma ser concorrido entre os visitantes que lotam o gramado que fica diante de uma antiga praça usada com fins religiosos.

Outra atração famosa por ali é o Ahu Ko te Riku, com chapéu e olhos introduzidos para fins turísticos, durante o processo de restauração, no setor costeiro da avenida Atamu Tekena.

SUA GENTE

(Re)descoberto por navios ocidentais, em um domingo de Páscoa de 1722, o destino é uma das três extremidades de um triângulo imaginário formado pela Nova Zelândia e pelo Havaí, na chamada Oceania Remota.

Mais do que formar uma imensa área de milhões de quilômetros quadrados, esse conjunto de territórios distantes tem em comum a mesma origem polinésia e um certo gosto por histórias intrigantes.

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Simpática e de sorriso fácil, porém, a população local é um dos destaques da ilha.

Foto: Nayara Hangaroa/Divulgação / Viagem em Pauta
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