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Região turística na Suíça inspirou criação do bairro Interlagos (SP)

Agosto marca o aniversário desse bairro no distrito de Socorro [...]

20 ago 2024 - 07h55

Interlagos não conta com montanhas de neve macia, lagos de águas alpinas nem estações de esqui. Mesmo assim, São Paulo tem sua versão suíça (ainda que nada por ali lembre cidadezinhas aos pés dos Alpes).

Na década de 1920, o engenheiro britânico Louis Romero Sanson e o urbanista francês Alfred Agaches davam forma a um projeto urbanístico de uma cidade-satélite em São Paulo, cujo nome era uma referência a Interlaken, destino turístico da Suíça, entre os lagos Thurn e Brienz.

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Surgia então o bairro Interlagos, atualmente, entre as represas Billings e Guarapiranga. O mês de agosto marca o aniversário desse bairro no distrito de Socorro, na zona sul da capital paulista.

Tanathip Rattanatum / Pexels.com
Tanathip Rattanatum / Pexels.com
Foto: Viagem em Pauta

Interlagos

Para atrair os moradores mais ricos de São Paulo, esse balneário satélite foi criado, inclusive, com uma praia artificial com areia vinda de Santos, junto às margens da atual represa Guarapiranga.

Segundo a subprefeitura Capela do Socorro, o projeto do bairro previa também áreas de lazer e um ginásio de esportes, mas com a crise da quebra da bolsa nos Estados Unidos, em 1929, a construção do bairro foi abandonada. Somente na década seguinte Louis Romero Sanson pôde voltar os olhos para a região.

Já a construção da auto-estrada Washington Luís, em 1928, tinha 16 quilômetros de extensão e ligava o Ibirapuera a Interlagos, via Santo Amaro e Socorro, posteriormente, completada com a Avenida Interlagos.

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Em 1940, a região ganhava o Autódromo de Interlagos, após um grave acidente durante uma prova de automobilismo que, na época, acontecia nas ruas de São Paulo.

Acidente com o carro da francesa Hellé Nice, no primeiro Grande Prêmio de São Paulo
Foto: Domínio Público / Viagem em Pauta

Interlaken

Essa cidade no cantão de Berna, é um dos destinos turísticos mais visitados na Suíça, e fica entre montanhas como Eiger e Jungfrau, cujo nome significa "virgem", em alemão, em referência à neve macia de seus paredões rochosos.

A cidade é ponto de partida para a Jungfraujoch, considerada a estação de trem mais alta da Europa, a mais de 3.400 metros de altitude.

Inaugurada em 1912, a estação começou a ser construída em 1896 e é um impressionante projeto da engenharia ferroviária, uma estrada de ferro em ziguezague que rasga sete quilômetros de túneis, entre montanhas nevadas.

A Jungfraujoch é um complexo turístico que abriga um observatório astronômico de 1931, o Palácio de Gelo com esculturas feitas sob uma geleira em constante movimento, e o Alpine Sensation com salas que homenageiam a construção da ferrovia.

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Foto: Eduardo Vessoni / Viagem em Pauta

É lá do alto que os viajantes descobrem porque os trens e as altas montanhas geladas da Suíça são alguns dos orgulhos nacionais desse pequeno e discreto país europeu.

A viagem de Interlaken Ost até a estação de trem mais alta da Europa tem duração de 2h30 e cruza cenários como povoados isolados com acesso apenas por vias férreas e o Vale de Lauterbrunnen, inspiração para a saga "O senhor dos anéis".

A propósito, a Suíça abriga a "maior densidade mundial de trens" e estações como a agitada Zurich Altstetten, em Zurique, chega a receber mais de dois mil trens por dia, segundo o Swiss Travel System.

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