Um casal de turistas encontrou uma câmera escondida em um quarto do resort OKA Beach Residence, na praia de Muro Alto, em Porto de Galinhas. O casal estava de férias e se hospedou no local entre os 13 e 17 de janeiro.
Um vídeo publicado nas redes sociais mostra o lugar em que a câmera estava escondida, debaixo da televisão, em uma tomada falsa. Um dia antes de ir embora, a vítima encontrou o aparelho depois de ouvir barulhos e, ao tentar usar a tomada, não conseguiu encaixar o carregador nas entradas.
Ela relatou o problema ao marido e ambos perceberam que se tratava de uma câmera. A administração do resort negou ter conhecimento sobre o item e ofereceu aos clientes que eles passassem a noite em outro quarto, porém o casal preferiu apenas colocar um papel em frente ao aparelho.
Agora, o caso está sendo investigado pela Polícia Civil como "registro não autorizado de intimidade sexual". Segundo o advogado do casal contou ao g1, o casal ainda não sabe qual o conteúdo da câmera.
A denúncia foi formalizada na Delegacia da 43ª Circunscrição, em Porto de Galinhas, na noite do mesmo dia. Roque Henrique Campos também afirmou que as vítimas pretendem processar a administradora do resort e a plataforma por onde fizeram a reserva da acomodação, a Booking.
"A responsabilidade, nesse caso, cabe à administração, que deveria ter feito toda a análise do quarto - o check-in, antes de eles entrarem no flat; e à própria Booking, a plataforma responsável, que fez o registro e ofereceu uma segurança que não existe", falou o advogado. Um diária no OKA Beach Residence custa cerca de R$ 540.
Em nota enviada ao Terra, a Booking lamentou a situação com os clientes e informou que suspendeu a hospedagem da plataforma enquanto acontecem as investigações. Leia na íntegra:
“A Booking.com está ciente do ocorrido e lamenta a situação relatada. Esta não é uma experiência que queremos para nenhum dos nossos clientes e esperamos mais dos nossos parceiros de acomodação. Nossas equipes estão analisando detalhadamente este caso, e a propriedade já está e permanecerá suspensa da plataforma durante a investigação, para que não possa ser reservada pelos viajantes. Além disso, a plataforma está à disposição para colaborar com as autoridades.”