As recentes ondas de calor somadas à proximidade do verão são um convite para aproveitar um dia ensolarado na praia ou na piscina. No entanto, a chegada da estação mais quente do ano também está associada com o aumento dos casos de candidíase nas mulheres.
Segundo a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp), cerca de 75% das mulheres são afetadas pela doença, aumentando sua recorrência durante a estação por conta da alta umidade presente nos ambientes.
Por que a candidíase é comum no verão?
A infecção é bem mais comum durante a estação por conta das condições climáticas que são mais favoráveis ao crescimento do fungo Cândida, que se multiplica em ambientes quentes e úmidos, explica o médico ginecologista Dr. André Vinícius.
"O aumento da umidade na região genital devido ao calor, associado ao uso de roupas mais justas e pela permanência prolongada em roupas de banho úmidas, cria um ambiente propício para o desenvolvimento da candidíase", afirma.
Ainda segundo André, também existem outras circunstâncias que favorecem o surgimento da candidíase, como o uso de anticoncepcionais orais, gravidez, Diabetes Mellitus descompensada, o uso de medicamentos imunossupressores ou de corticoides.
"Vale ressaltar que a Cândida é um fungo presente no organismo das mulheres, mas que vive em perfeito equilíbrio com as bactérias da vagina (lactobacillus). Sempre que ocorre uma redução dos lactobacillus os fungos entram em um supercrescimento, assim causando a Candidíase", esclarece o profissional.
Quais são os sintomas?
O sintoma mais conhecido da candidíase, e também o que mais gera desconforto entre as mulheres, é a coceira. Além disso, a paciente pode apresentar inchaço, corrimento espesso e branco e incômodo durante a relação sexual e ao urinar.
Como evitar a candidíase no próximo verão
De acordo com o ginecologista, é possível evitar a candidíase a partir da adoção de hábitos simples. Ele recomenda, por exemplo:
- Manter a região genital seca;
- Usar roupas íntimas de algodão;
- Trocar de calcinha sempre que a região estiver suada.
"Além disso, evitar o uso excessivo de antibióticos, especialmente sem indicação médica, e adotar uma dieta equilibrada, que consiste na redução do consumo de açúcar e carboidratos, podem ajudar a prevenir a candidíase", indica o profissional.