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Com medo de pagar conta de luz mais alta no verão? Veja formas de economizar

Pesquisa aponta que, em 2025, 60% dos entrevistados pretendem investir em redução de gastos com luz

28 jan 2025 - 04h59
(atualizado às 14h22)
Lâmpadas
Lâmpadas
Foto: Thana Prasongsin/Getty Images

Uma pesquisa realizada pela Bulbe, empresa de distribuição de energia solar por assinatura, feita com 500 brasileiros ao redor do País, revelou que 80% dos entrevistados sentiram o impacto financeiro no valor final da conta de luz.

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“Este cenário parece ser consequência da inflação do setor, impulsionado por fatores como as mudanças climáticas — que provocaram secas prolongadas e previsões de chuva abaixo da média, encarecendo a geração de energia. Isso levou ao retorno da bandeira vermelha nível 2 após três anos, atingindo diretamente o bolso dos consumidores”, afirmam os pesquisadores.

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Cerca de 50% dos entrevistados dizem acreditar que os custos com serviços essenciais, especialmente energia elétrica, aumentarão significativamente.

Uma jovem de Porto Alegre, de 27 anos (e que prefere não se identificar), é trancista, estagiária e socióloga, mora sozinha e afirma que, apesar de não perceber aumento na conta de luz até o momento, ela acredita que o custo será maior no próximo mês devido à necessidade de utilizar um ventilador em Porto Alegre, onde as temperaturas têm estado muito altas.

"Eu não percebo um aumento na minha conta de luz. Acho que gasto sempre o mesmo, mas este mês fui obrigada a comprar um ventilador porque tá impossível o calor aqui, com certeza vai ter uma diferença significativa", afirma.

Ela também compartilha estratégias financeiras para lidar com o possível aumento nos custos: "Já estou pensando em ver algum mecanismo para captar novas clientes, talvez lançar alguma promoção ou pedir algum modelo de trança em que se pague menos pela mão de obra".

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Em relação ao impacto dos serviços essenciais no orçamento de 2024, a trancista relata: "Todos os serviços essenciais impactaram o meu orçamento porque eu me mudei no final do ano. O aluguel tá super caro, as compras estão um absurdo: duas sacolinhas, três, é R$ 100, R$ 120. Então, na minha situação, tudo me impactou".

Quanto à redução no consumo de energia, ela menciona uma prática que, mesmo não sendo intencional, acaba contribuindo: "Quando anoitece, eu não acendo mais as luzes do teto, uso apenas um abajur. Esse abajur ilumina quase todo o espaço pequenininho onde eu moro, e eu gosto da luz baixa". 

Ao ser questionada sobre a confiabilidade e acessibilidade das opções de energia renovável no Brasil, ela pondera: "Acho que são confiáveis, mas acessíveis eu não sei. Não vou dizer que sim nem que não. Não sei se chegam para a maior parte da população no sentido de acesso à informação sobre essas opções ou do ponto de vista do custo mesmo. Isso nem me chega como informação".

Ramon, de 24 anos, vive com o namorado, Renato, e mais dois cachorros em Belo Horizonte, e relata um aumento expressivo na conta de luz nos últimos meses, que impactou diretamente o orçamento familiar. "Minha conta de luz triplicou de preço, saindo de R$ 200 para R$ 890! Tivemos que remanejar um pouco do orçamento porque fomos pegos de surpresa", afirma.

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Para lidar com o aumento, ele tomou medidas imediatas: "A primeira coisa que fiz foi chamar a Cemig para verificar se houve algum erro na cobrança, pois nosso consumo se manteve igual, mas a conta aumentou significativamente. Como nos informaram que estava tudo certo, passamos a nos certificar de desligar tudo, reduzir o uso do ar-condicionado (o que está sendo uma tortura nesse calor) e contratamos um profissional para verificar a estrutura elétrica da casa, que também está em perfeito estado".

Além da energia, Ramon menciona que os gastos com água subiram de uma média de R$ 80 para R$ 300. Ele explica como conseguiu equilibrar o orçamento: "O mercado diminuiu o preço, combustível também, então conseguimos conciliar os gastos, tirando desses e adicionando nas contas de casa".

Sobre estratégias para o futuro, ele destaca o investimento em energia solar: "Estamos orçando fazendas de energia solar para reduzir o preço da luz. Já fazemos uso dela há alguns anos e iremos renovar para garantir que pagaremos menos".

Ele também menciona o uso de um sistema de monitoramento doméstico: "Temos um sistema de monitoramento de consumo na casa, e tem sido ótimo! Assim, não somos pegos de surpresa quando a conta chega e conseguimos acompanhar os gastos".

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Ramon diz acreditar na eficiência da energia solar e reforça os benefícios do aluguel de placas solares: "Já faço uso. Adoro a ideia, acho prático e bem barato, considerando o desconto que oferecem".

No entanto, ele aponta a necessidade de maior divulgação e educação sobre o tema: "Existem boas empresas de energia renovável, mas há pouca informação. Por exemplo, compartilhei essa opção com a minha mãe e alguns amigos, mas eles não deram muita confiança. Falta mais educação ou talvez mais divulgação por parte das empresas".

Redução em massa

Segundo a pesquisa, para aliviar o orçamento, 60% dos entrevistados planejam reduzir gastos com luz, adotando estratégias como a compra de eletrodomésticos eficientes (25%), adesão à energia solar (22%) e uso de aplicativos de controle de consumo (11%). Outras medidas foram:

  • Compra de eletrodomésticos eficientes (24,8%): consumidores planejam adquirir aparelhos com menor consumo de energia para reduzir gastos;
  • Investimento em energia solar (22,4%): muitos pretendem apostar em energia solar como uma solução sustentável e econômica;
  • Uso de ferramentas de monitoramento (11,6%): uma parcela busca controlar o consumo com aplicativos ou dispositivos para evitar desperdício;
  • Desejo de economizar, mas sem recursos (30,6%): boa parte dos consumidores quer economizar, mas não possui condições financeiras para adotar medidas;
  • Não veem necessidade de redução (7,8%): uma minoria considera que os custos estão controlados e não sente necessidade de mudar hábitos.

Além disso, os entrevistados revelaram estratégias como:

  • Corte de gastos em lazer e outros (50,6%): a principal estratégia foi reduzir despesas não essenciais, como lazer, para priorizar serviços básicos;
  • Trabalho extra/renda adicional (34,6%): muitos buscaram horas extras ou um segundo emprego para complementar a renda e pagar as contas;
  • Uso de poupança/reserva (30,2%): uma parte significativa recorreu a economias acumuladas para lidar com os custos elevados;
  • Parcelamento de contas (28,6%): quase um terço optou por dividir os pagamentos em parcelas para aliviar o impacto financeiro imediato;
  • Empréstimos (14%): uma parcela menor precisou contratar empréstimos para suprir as despesas e equilibrar o orçamento;
Fonte: Redação Terra
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