Quando se pensa em proteção solar, as áreas mais visíveis da pele são as que recebem a maior concentração dos cuidados, enquanto outras regiões ficam em segundo plano e até mesmo são esquecidas durante a exposição solar.
O descuido com essas áreas pode ter consequências significativas. Além do envelhecimento prematuro, essas regiões podem se tornar suscetíveis a doenças dermatológicas.
Algumas das regiões mais esquecidas na hora de aplicar o protetor solar são o dorso das mãos, orelhas, peito dos pés e nuca. Algumas pessoas também se esquecem de proteger pescoço e colo, ou braços e pernas quando ficam descobertos no dia a dia.
O dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Lucas Miranda, alerta que, entre essas regiões esquecidas, as que ficam mais sujeitas ao envelhecimento são o dorso das mãos, pescoço e colo, porque são regiões que sempre estão expostas.
O dorso das mãos é uma das partes do corpo com maior incidência de câncer de pele, justamente por ser uma região que por muito tempo exposta sem proteção solar.
“A radiação UVA, responsável pelo bronzeamento da pele após a exposição solar, é a principal causadora do fotoenvelhecimento da pele, pois ela atinge as camadas mais internas e destrói o colágeno”, destaca o especialista.
A proteção ideal
O especialista explica que o fator 30 de proteção solar é adequado para a grande maioria dos casos. Menos que isso, a proteção é insuficiente. Mais que isso, só é necessário em casos específicos.
A proporção é de protetor solar é de uma colher de chá para o rosto e três colheres de sopa para o corpo uniformemente. Para atingir a quantidade adequada para o rosto no dia a dia, uma dica é traçar linhas finas de protetor ao longo do comprimento de 3 dedos das mãos, o que vai equivaler a aproximadamente 1 colher de chá.
Além disso, na hora de aplicar, é importante ir depositando o produto aos poucos com leves batidinhas dos dedos no rosto em vez de esfregar para espalhar, isso vai favorecer a formação de uma camada de proteção adequada.
“Caso vá realizar atividades ao ar livre, se proteger com chapéus, se abrigar embaixo de sombrinhas, guarda-sol ou árvores, sempre evitando a exposição direta à radiação”, indica o dermatologista.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que se reaplicar o produto a cada três horas, ou até em intervalo menor caso haja transpiração, imersão em água ou exposição prolongada à radiação solar.
“Não é preciso passar protetor solar nas regiões que estão cobertas por roupa, mas ele deve ser usado em todas as partes do corpo que ficam expostas, descobertas, independente de estarmos ao ar livre ou dentro de casa ou escritório”, orienta o médico.
Diferentemente do que se pensa, o cosmético deve ser usado inclusive quando o tempo estiver frio ou nublado, pois a radiação UV atravessa as nuvens.
Quanto aos cuidados para minimizar os danos após a exposição ao sol, o biomédico Thiago Martins aconselha um forte investimento na hidratação, com o uso de loções ou cremes hidratantes para ajudar a aliviar o ressecamento e manter a quantidade adequada de água na pele.
Entre outras dicas do profissional estão:
- aplicar compressas frias ou tomar banhos frios para melhorar a sensação de queimação;
- beber muita água, sucos de frutas e água de coco;
- Ingerir alimentos que ajudam a prevenir os danos que o sol causa, como cenoura, abóbora, mamão, maçã e beterraba.