Você sabia que o vape -- cigarro eletrônico que contém sabores artificiais e nicotina -- foi criado por um chinês que havia perdido o pai para doenças relacionadas ao cigarro? Mal seu criador sabia, porém, que o aparelho se tornaria tão (ou até mais) nocivo que o cigarro.
O vape está em sua quarta geração e vem conquistando cada vez mais adeptos e usuários. Foi nesta geração, inclusive, que o cigarro eletrônico ganhou essências de diversos sabores e uma substância derivada da nicotina, o que o transforma em um produto ainda mais viciante.
A cardiologista Jaqueline Scholz, do Instituto do Coração (Incor) de São Paulo, realizou um estudo com 32 pessoas que fumavam exclusivamente vape. Nesta pesquisa, ela notou os danos causados pelo cigarro eletrônico.
"Em pessoas que estão usando o produto há 3 meses identifique que eles estavam fumando o equivalente a mais de um maço de cigarro por dia", disse a médica em entrevista à TV Globo. O vape foi tema do último Profissão Repórter, na terça-feira (19).
Na pesquisa, ela também identificou efeitos cardiovasculares causados pelo vape.
São eles:
- Aumento da pressão arterial;
- Aumento da constrição dos vasos sanguíneos – eles se apertam e o sangue circula menos;
- Aumento da agregação de plaquetas, com risco de formação de coágulos, que podem entupir os vasos;
- Risco de infarto e de derrame cerebral.