Ação da Cidadania e Cufa lançam campanha para ajudar Yanomamis

Governo federal declarou emergência em saúde em território indígena Yanomami, em Roraima

23 jan 2023 - 11h53
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

As organizações não governamentais (ONGs) Ação da Cidadania e Central Única das Favelas (Cufa) lançaram campanha de doação para ajudar no enfrentamento à situação de emergência sanitária dos povos que vivem no território indígena Yanomami, em Roraima.

De acordo com a Ação da Cidadania, é preciso agir urgentemente para levar alimentos para o povo Yanomami: “570 crianças yanomamis morreram de fome nos últimos 4 anos e centenas de yanomamis idosos e crianças estão em situação de desnutrição aguda, e esse número pode ser bem maior já que os órgãos que deveriam monitorar a situação foram completamente desestruturados”.

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A ONG informou que está trabalhando em ação coordenada junto aos órgãos do governo federal, como o Ministério do Desenvolvimento Social e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), entidades militares e locais para levar alimentos para os Yanomamis.

A Cufa se uniu à Frente Nacional Antirracista para promover um mutirão solidário para arrecadação de alimentos para os Yanomamis. Algumas lideranças das duas ONGs vão para Roraima acompanhar in loco a mobilização e a distribuição das doações.

“Não podemos ter informação do que está acontecendo com os Yanomamis e ficar de braços cruzados. Vamos usar toda a nossa capilaridade e capacidade de mobilização, como já fizemos em outras campanhas para ajudar ao máximo possível”, disse, em nota, Kalyne Lima, copresidenta da Cufa.

Quem quiser participar, pode doar nas sedes físicas da Cufa nos mais diversos lugares do país, pois nesta semana, estão saindo caminhões com doações de todo o Brasil rumo a Roraima, pelo pix ou pela vakinha.

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“A nossa luta é por todos os povos. Não podemos ver o sofrimento desses irmãos indígenas, tão importantes para a construção da nossa sociedade, e não fazermos nada. A Frente Nacional Antirracista está junto com os Yanomamis”, afirmou Anna Karla Pereira, coordenadora da frente.

Agência Brasil
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