A Bolsa de Valores da Favela, organização criada em novembro de 2021 para permitir que investidores sejam sócios de startups criadas em comunidades periféricas, divulgou, na última semana, os resultados de sua primeira rodada de investimentos para o mês de outubro.
Nesta primeira rodada, a startup Favela Brasil Xpress, fundada na favela de Paraisópolis, na zona sul São Paulo, captou R$ 899 mil e obteve um retorno de 3,86% sobre o valor investido.
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“Tivemos mais de 800 investidores de dentro e fora de Paraisópolis, que fizeram oferta de valores a partir de R$10,00. Quem aplicou vai receber participação nos lucros da FBX, a cada três meses, durante cinco anos”, diz Giva Pereira, CEO da Favela Brasil Xpress, que fará neste mês o primeiro pagamento dos rendimentos.
A Favela Brasil Xpress busca resolver um problema comum entre os moradores da favela, que não possuem um endereço “oficial” já que não têm CEP. A empresa de logística recebe as entregas feitas aos moradores em um centro de distribuição e, dali, partem os carrinhos que circulam pela favela para levar o produto ou correspondência ao destinatário final.
“Estes resultados provam que negócios de favela, além de terem impacto social, são rentáveis para investidores”, diz Gilson Rodrigues, presidente do G10 Favelas, grupo que reúne as 10 maiores favelas do país para ações sociais.
Nos próximos seis meses são planejadas ações para uma nova rodada de captação de recursos para ampliação dos investimentos. Entre os projetos a serem executados estão a abertura de mais de 50 bases e escopos operacionais em todo o Brasil, ampliação de residências mapeadas pelo “Plus Code” e a maior Black Friday da história, estimando mais de 200 mil entregas por dia no período.
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