Conheça o Jokenpô inclusivo, projeto desenvolvido por jovem de favela em SP

Criador do jogo A Cura, destaque na feira do ano passado, Victor Garcez, de 25 anos, espera apoio e novas conexões no evento deste ano

17 mar 2023 - 14h35
(atualizado às 14h54)
Victor Garcez espera repetir o sucesso do ano passado nesta edição da Expo Favela
Victor Garcez espera repetir o sucesso do ano passado nesta edição da Expo Favela
Foto: Divulgação

Victor Garcez, 25 anos, é um jovem da favela da Vila Guacuri, no extremo sul de São Paulo. É formado em jogos digitais, pela Fatec (Faculdade de Tecnologia de São Paulo), e foi destaque na última edição da Expo Favela, evento de empreendedorismo periférico, com o jogo A Cura, que começou com um projeto de conclusão de curso em 2018. 

O jogo foi um dos 10 projetos selecionados entre os 300 participantes do evento. Agora, em 2023, Garcez retorna à feira com o VE-Power, um jogo que simula o jokenpô (quem não se lembra de pedra, papel e tesoura) que pode ser jogado sem as mãos, com outras partes do corpo, o que permite, por exemplo a participação de pessoas com deficiências físicas.

Publicidade

O jogo foi criado pela Vision 03 Estúdio de Games, criada por Garcez e que envolve mais de uma dezena de pessoas. "Em vez de pedra, papel e tesoura, usamos elementos como fogo, ar e água (chuva). Foram feitas adaptações para que qualquer um possa jogar", diz ele.

VE-Power será apresentado na edição deste ano da Expo Favela
Foto: Divulgação

Expectativa

"Desta vez chegamos à feira com um pouco mais de experiência, mais amadurecidos. Ainda temos um grande caminho a percorrer, mas estou ansioso para viver tudo isso novamente. Ano passado, nosso projeto, com o jogo A Cura, ficou entre os 10 selecionados entre todos os participantes. Isso nos deu uma boa visibilidade e desta vez esperamos captar novos recursos para tocarmos nossos projetos", diz, entusiasmado.

Segundo ele, a feira permite que as ideias possam se tornar realizações. "Com a exposição, dá para crescer, nos consolidarmos e fazer com que o negócio vá adiante. Isso abre possibilidades de irmos cada vez mais longe."

Segundo ele, o jogo A Cura foi muito importante para sua equipe. "Não se trata apenas de um jogo tecnológico, mas de uma ferramenta digital, pedagógica, que pode ajudar muita gente. A gente tem o papel de desenvolver histórias que abordem questões periféricas e raciais, por exemplo, na indústria de games", diz.

Publicidade
Fonte: Visão do Corre
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações