A visita do candidato Tarcísio de Freitas à comunidade de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, na manhã desta segunda-feira, 18, precisou ser interrompida às pressas depois de um tiroteio nas imediações de um polo universitário, que está pronto para ser inaugurado.
A polícia investiga o que aconteceu e vai utilizar as câmeras de segurança dos estabelecimentos próximos para chegar a uma conclusão. Não houve feridos.
No momento dos disparos, Tarcísio estava no interior do Polo Universitário de Paraisópolis. Assim como os demais que estavam no local, se abaixou até que o barulho cessasse.
De acordo com Wallace Rodrigues, que desde 2016 comanda o projeto Belezinha Brasil, que dá capacitação para mulheres na área de beleza, o polo universitário é um passo adiante para a formação da população local.
Projeto
Rodrigues é o idealizador do projeto, em parceria com o Centro Universitário Ítalo Brasileiro, que está instalado na avenida João Dias, em Santo Amaro, não distante dali.
"O polo universitário é um espaço físico para que alunos de cursos à distância possam encontrar suporte de ensino para estudar. É possível ter acesso a laboratórios, bibliotecas, ver transmissão de aulas e participar de eventos, por exemplo", diz.
Rodrigues conta que nesta segunda-feira aconteria uma prévia da inauguração. Ainda este ano serão disponibilizadas 100 bolsas de estudo, número que pode chegar a 5 mil em 2023.
"Todos os cursos desenvolvidos pelo Centro Universitário poderão ser feitos aqui também. Desde a Educação de Jovens e Adultos (EJA), até cursos profissionalizantes, técnicos ou de graduação", afirma..
Segundo ele, o prédio tem três andares, com capacidade para o atendimento diário a cerca de 900 alunos. "Para nós é muito importante trazer a inclusão social. A universidade para dentro da nossa comunidade. Infelizmente, hoje, tivemos esse tiroteio. Infelizmente, estamos vulneráveis a esse tipo de situação", diz.
Segundo ele, o polo universitário tem um compromisso com a comunidade, com os moradores locais, para ser um centro de excelência de difusão de ensino dentro de Paraisópolis.
Repercussão
Gilson Rodrigues, presidente do G10 favelas e morador de Paisópolis, lamentou o que aconteceu. Ele está participando de um evento em Salvador.
Em postagem no Instagram Gilson afirmou que "não tínhamos conhecimento de agenda de condidato e não fizamos convite neste período. Paraisópolis tem uma tradição em receber políticos, autoridades, artistas e personalidades, sendo reconhecida como uma comunidade pacífica e organizada."