Dois convidados do podcast Visão do Corre, skatistas históricos, um pelos títulos, outro pelo pioneirismo em projetos sociais, estão confiantes na performance brasileira, tanto no masculino, quanto no feminino. Chances vão além dos atletas conhecidos.
Sem alimentar ilusões, e sem desconsiderar países que são potências no skate, o Brasil tem chances reais em todas as modalidade e categorias olímpicas, no masculino e no feminino, com doze atletas. A opinião é de dois representantes de peso da cena skatista brasileira, entrevistados pelo podcast Visão do Corre.
Um deles é Sandro Dias, o Mineirinho, seis vezes campeão mundial, três vezes campeão europeu, e outras três vezes consagrado o melhor do Brasil. “A gente está indo muito bem preparado. Estamos entre os melhores, mas tem gente muito boa, do Japão, por exemplo”, compara Mineirinho.
Sandro Testinha, cujo sobrenome é Soares dos Santos, também acredita muito nas potencialidades do skate brasileiro nas Olimpíadas Paris 2024. E seu otimismo não está relacionado somente a Rayssa Leal, a Fadinha.
Além do Brasil, somente os EUA conseguiram colocar representantes em todas as categorias e modalidades do skate, masculino e feminino. Os entrevistados concordam que, ao virar esporte olímpico, o skate ganha visibilidade, sai da marginalidade e pode crescer.
Na entrevista, eles também falam sobre as iniciativas de inclusão que criaram através do skate. Sandro Testinha está à frente do primeiro projeto social da modalidade no Brasil, o Social Skate, que completa 25 anos. Sediado em Poá (SP), atende 150 crianças e jovens no contraturno escolar, com vários esportes. “A ideia é formar um ecossistema na comunidade”, resume Testinha.
Sandro Dias inaugurou o Instituto Sandro Dias em abril de 2024, em Santo André, cidade onde nasceu. Oferece aulas de skate com equipamento completo, dois dias por semana.