Conheça a surfista de 11 anos que desponta em Santa Catarina

O padrasto e a mãe fazem o corre, como vaquinhas, para manter a garota que começou a competir aos oito anos de idade

5 ago 2024 - 15h06
(atualizado às 15h27)
Resumo
Ela descobriu a paixão pelo surf aos seis anos; aos sete, dizia que queria competir; aos 11, começou a subir no pódio. Maya Reis fez os primeiros treinos com equipamento usado, começou a vencer competições e conseguiu o primeiro apoio formal.
Com 11 anos, Maya Reis conquistou o 5º lugar na primeira etapa do Brasileiro Amador e o 3º lugar no Catarinense.
Com 11 anos, Maya Reis conquistou o 5º lugar na primeira etapa do Brasileiro Amador e o 3º lugar no Catarinense.
Foto: Divulgação

Ela se inspira em atletas olímpicos como Tati Weston-Webb e Gabriel Medina, além de Tainá Hinckel, da praia vizinha, e Ítalo Ferreira, medalhista em Tóquio. Maya Reis, um talento de 11 anos que desponta na Praia do Rosa, em Imbituba (SC), projeta seu futuro no esporte enquanto assiste à Olimpíada de Paris.

Tainá Hinckel, uma grande inspiração, é da Guarda do Embaú, próxima à Imbituba, e também superou dificuldades financeiras para chegar aos Jogos Olímpicos. Ítalo Ferreira é outro atleta no qual Maya se inspira. Com ambos, em ocasiões diferentes, surfou, recebeu incentivo e tirou fotos.

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O talento e a paixão pelo surf têm levado a atleta de 11 anos e a família a superarem barreiras. A garota se interessou pelo surf aos seis anos, aos sete falava em competir, aos oito começou a surfar e aos 11, já tem títulos.

Não é uma supercampeã, pode vir a ser. Por enquanto, é a história comum de um casal de brasileiros dignos que fazem o corre pela filha. O padrasto e a mãe tocavam uma pequena pizzaria.

Primeiras competições com prancha usada

Filha de Adriane Reis e criada desde cedo por Júlio Rodrigues, seu padrasto dedicado, Maya conta com o suporte do bicampeão nacional Messias Félix, que se tornou seu treinador.

O padrasto Júlio Rodrigues, a mãe Adriane Reis e Maya Reis, que tem uma irmã. Esforço familiar pelo esporte.
Foto: Divulgação

“Nos primeiros campeonatos, ela usava uma prancha usada e muitas vezes surfava com um traje de neoprene velho, o que a fazia sofrer com nas águas frias", conta Adriane.

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"Foi emocionante quando uma pessoa enviou um traje novo de borracha, garantindo que ela pudesse surfar com conforto e segurança”, lembra a mãe.

A pessoa era um empresário da Califórnia, que depois apadrinhou Maya. Ele havia visto uma foto dela competindo com roupa furada, que viralizou no Instagram, e resolveu ajudar.

As competições dentro do estado, especialmente o Surf Talentos, e outros fora de Santa Catarina, exigiam viagens e investimentos significativos. "Usamos todo o lucro da pizzaria e contamos com doações para que Maya pudesse competir", explica Adriane.

Proporcionar à filha o que outras atletas têm

"Foi um esforço conjunto, muitas vezes fazendo sacrifícios pessoais para apoiar o sonho dela". No ano passado, Maya tinha o objetivo de se classificar para o Campeonato Brasileiro Amador, uma meta desafiadora considerando as dificuldades financeiras da família.

As surfistas Maya Reis e Tainá Hinckel, atleta olímpica da Guarda do Embaú, cidade próxima à Praia do Rosa
Foto: Divulgação

"Mesmo enfrentando contratempos, como o fechamento temporário da pizzaria após um acidente do Júlio, nunca desistimos”. Conseguiram apoios locais e um apoiador, a Ursofrango, marca de vestuário streetwear que atua como gestora de jovens atletas, investindo todo o lucro no desenvolvimento das promessas esportivas.

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Com 11 anos, Maya Reis conquistou o 5º lugar na primeira etapa do Brasileiro Amador e o 3º lugar no Catarinense. “Ela treina incansavelmente, consciente do esforço que a família faz para apoiá-la", diz a mãe. “Nosso sonho é proporcionar a ela as mesmas oportunidades que outras atletas têm”.

Fonte: Visão do Corre
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