A relação com o esporte começou cedo para o empreendedor Carlos Felipe, mais conhecido pelos alunos como Chokito, apelido de infância. Aos 14 anos, era atleta profissional de natação em Salvador, mas uma grave lesão no ombro o obrigou a abandonar as piscinas. Aos 17 anos, a graduação escolhida foi Educação Física e, com essa experiência, veio o primeiro contato com a corrida de rua.
“Na academia onde fiz meu primeiro estágio tinha um clube de corrida e comecei a participar entregando água em treinos e provas, isso no segundo semestre da faculdade. Gostei de cara, me identifiquei com aquilo”, conta Chokito.
Empreendedor por necessidade, no ano seguinte seu pai faleceu e, para ajudar em casa, entrou em um projeto de corrida que já existia.
Depois, fechou acordo para abrir filial em outro bairro da cidade. O dinheiro seria seu e de um sócio. Em três meses, o empreendedor tinha a quantidade de alunos que o dono conquistou em cinco anos.
Deslanchando o negócio
Foi ali que ele entendeu que esse seria seu projeto de vida. Desde 2008, começou a empreender e aprimorar o que se tornou, após a flexibilização da pandemia, a Runners Club. Neste retorno, começou com apenas R$ 4 mil adquiridos com a venda de camisas do clube e matrículas de antigos alunos que queriam voltar a correr após tanto tempo de distanciamento social.
O profissional fez especializações que contribuíram para ampliar o repertório e para o crescimento da Runners Club: uma ligada à fisiologia do exercício aplicada à cardiologia; outra sobre treinamento desportivo e biomecânica do movimento.
O negócio foi ganhando forma e, hoje, conta com 500 alunos em formato presencial em Salvador e online pelo Brasil e pelo mundo. Está alcançando o faturamento mensal de cerca de R$ 50 mil.
Serviços personalizados e sociais
“Oferecemos um serviço profissional e personalizado, com treinamentos semanais planilhados, avaliações periódicas a partir da meta do corredor, oferecendo todo suporte necessário”, explica Chokito.
Para o empreendedor, seu grande diferencial é unir a prática de corrida ao entretenimento. “Temos um calendário anual de eventos que contempla do carnaval à confraternização de final de ano. Alguns são exclusivos para os nossos associados, mas abrimos para o público em geral em várias oportunidades e fazemos ações gratuitas, com foco no social”, finaliza o treinador.
O clube ainda mantém um projeto social, o Adote um Atleta, com 20 pessoas acima de 40 anos que viajam para competições e contam com profissionais de nutrição, fisioterapia e educação física para preparação. O financiamento vem da união entre Chokito e alunos doadores.