A disputa pelo governo de São Paulo terá segundo turno. Os candidatos Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT) vão se enfrentar no dia 30 de outubro em busca da vaga pelo Palácio dos Bandeirantes. Os dois foram os mais votados neste domingo (2)
e tiveram 42,32% e 35,70% dos votos respectivamente.
O atual governador Rodrigo Garcia (PSDB) teve 18,40% dos votos e ficou em terceiro lugar na disputa. Essa é a primeira vez em 27 anos que o PSDB não ganha uma eleição no estado.
Ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio foi escolhido pelo presidente da República para disputar o estado e mudou o colégio eleitoral do Rio de Janeiro para São Paulo em busca do pleito. A mudança provocou críticas dos adversários durante a campanha, que o acusavam de não conhecer o estado.
Durante as pesquisas de intenção de voto, Tarcísio aparecia em segundo lugar e chegou a ter um empate técnico com Garcia no Datafolha, ganhando tração na última semana, quando se isolou no segundo lugar.
Já Haddad liderou as pesquisas de intenção de voto desde o começo da campanha, em cenário diferente do resultado deste domingo. O petista disputa o governo do estado nestas eleições depois de ter sido candidato à presidência em 2018, quando perdeu para Bolsonaro.
Entre 2013 e 2016, Haddad foi prefeito da capital paulista, saindo do cargo depois que João Doria (PSDB) venceu em primeiro turno em 2016. A rejeição do candidato na cidade nesta época foi apontada pelos adversários durante a campanha eleitoral.
Pela cidade
Nesta eleição, no entanto, Haddad ficou à frente de Tarcísio em 43 zonas eleitorais da capital, registrando 44,38% dos votos válidos da cidade. O ex-prefeito desempenhou bem tanto em distritos periféricos, como Grajaú (60,40%), na zona sul, quanto em regiões mais centrais, como Bela Vista (52,79%), e Pinheiros (41,31%), na zona oeste.
Tarcísio venceu em zonas eleitorais como Tatuapé (42,38%), na zona leste, e Jardim Paulista (38,71%), zona oeste. No total, ele teve 32,56% dos votos válidos na cidade.
A disputa entre Tarcísio e Haddad mostra que ambos conseguiram nacionalizar a campanha estadual, já que seus padrinhos políticos no âmbito nacional também lideravam as pesquisas e devem se enfrentar no segundo turno.