Situada na região sul da cidade, Paraisópolis ocupa o posto de segunda maior favela de São Paulo, abrangendo uma área de aproximadamente 10 km² e abrigando uma população estimada em mais de 100 mil habitantes.
História
No ano de 1921, Paraisópolis teve sua origem como um empreendimento de loteamento voltado para a construção de residências de alto padrão. Entretanto, devido ao abandono dos lotes, iniciou-se o processo de ocupação por famílias de baixa renda e migrantes do nordeste, que se deslocaram à região para trabalhar na construção civil.
Na década de 1960, o número de residências era limitado, mas com o estabelecimento de bairros de classe alta como o Morumbi, a área começou a atrair atenção, passando por uma valorização significativa.
Durante a década de 1970, os primeiros barracos começaram a surgir, marcando o início da ocupação das áreas próximas a Paraisópolis. A partir de 1974, a migração para a região ganhou força, atraindo indivíduos em busca de oportunidades decorrentes do rápido desenvolvimento local e da crescente necessidade de trabalhadores.
Em 2005, foi implantado um programa de urbanização, resultando em avanços significativos no sistema viário, incluindo a abertura e pavimentação de ruas e vielas, aprimoramentos na infraestrutura de drenagem, intervenções em áreas de risco, instalação de iluminação pública, sistemas de esgoto e outras melhorias.
Fazenda
O território, atualmente ocupado pela favela, era uma área rural, incorporado à Fazenda do Morumbi, que foi dividida em em 2.200 lotes pela União Mútua Companhia Construtora e Crédito S.A.
100 anos
Em 16 de setembro de 2021, Paraisópolis celebrou seu centenário, e para comemorar essa data significativa, o Pavilhão Social do G10 das Favelas coordenou diversas ações, como a criação de um espaço recreativo para as crianças. A iniciativa “Um Presente para Paraisópolis” é destinada a arrecadar brinquedos e alimentos para as famílias locais, bem como oficinas de empreendedorismo e apresentações musicais.
Paraisópolis e Morumbi
Apesar de serem vizinhos, a favela de Paraisópolis e o bairro de Morumbi exibem notáveis disparidades em termos sociais, econômicos e urbanísticos. No ano de 2018, a média de idade ao morrer dos habitantes de Paraisópolis foi de 63,55 anos.
Em comparação com Morumbi, a discrepância é de uma década de vida, alcançando uma média 73,48 anos, de acordo com indicadores do Mapa da Desigualdade, elaborado pela Rede Nossa São Paulo.
União dos Moradores de Paraisópolis
Desde 1983, Paraisópolis possui uma organização representativa dos moradores da comunidade, que trabalha ativamente na defesa dos interesses locais e iniciativas visando aprimorar as condições de vida dos residentes. Essa organização desempenha um papel fundamental ao impulsionar melhorias na saúde, educação, emprego e outras áreas vitais para o bem-estar da comunidade.