Indicadores foram gerados pelo projeto Rio 60º - Como a Cidade se Prepara para os Eventos Climáticos Extremos. Assim como as ondas de calor, chuvas fortes, cada vez mais frequentes, fazem do Rio de Janeiro uma “bomba climática”, diz estudo.
As favelas da Rocinha, Morro dos Prazeres, Pavão-Pavãozinho e Cantagalo têm a maior quantidade de moradias com risco de deslizamento e inundações na capital fluminense. Os dados são do novo Índice de Vulnerabilidade a Chuvas Extremas na cidade do Rio de Janeiro (IVCE-RJ).
A área de maior risco está no complexo de favelas Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, na zona sul: 3 mil moradias – ou 62% das habitações – estão em alta vulnerabilidade para deslizamentos, das quais 899 estão em risco muito alto.
Na Rocinha, do total de 10,5 mil domicílios, 42% estão em alta vulnerabilidade para deslizamentos – desses, 1,4 mil em muito alta. Segundo o Censo 2022 do IBGE, a Rocinha é a maior favela do Brasil.
No Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, são 604 domicílios particulares (35% do total) em áreas de alta vulnerabilidade para deslizamentos. Desses, 222 estão em muito alta.
Cidade tem quase 600 mil moradias em risco
Em toda a cidade do Rio de Janeiro, são 599 mil domicílios particulares (21% do total) em alta vulnerabilidade para deslizamentos ou inundações. Desses, 142 mil estão em vulnerabilidade muito alta.
O Índice de Vulnerabilidade a Chuvas Extremas na cidade do Rio de Janeiro (IVCE-RJ) combina dados de risco geológico e indicadores socioeconômicos. Ele faz parte do projeto Rio 60º - Como a Cidade se Prepara para os Eventos Climáticos Extremos.
A iniciativa é desenvolvida pela Ambiental Media em parceria com o grupo de pesquisa RioNowcast+Green, do Instituto de Computação da Universidade Federal Fluminense.