Gíria usada por Aline no BBB 25 é estudada cientificamente

Pesquisa aponta os realities A Fazenda e Big Brother Brasil, além de redes sociais, como disseminadores da palavra

17 jan 2025 - 12h24
(atualizado às 12h54)
Resumo
Reality shows difundem expressões modificas e inventadas pela criatividade popular, em intenso diálogo com plataformas como X e Instagram. “Sabonetar” e “planta” são exemplos dessa disseminação.
A baiana Aline, do BBB 25, ajudou a disseminar a expressão que se popularizou em realities e redes sociais.
A baiana Aline, do BBB 25, ajudou a disseminar a expressão que se popularizou em realities e redes sociais.
Foto: Reprodução Instragram

Ao venceram a primeira prova do líder do BBB 25, a dupla Vinícius e Aline indicou o paredão. A baiana disse que “a gente não está aqui para sabonetar” e, sem vacilar, colocou Edi e Raissa na mira. Mas o que é “sabonetar”?

O termo é estudado por pesquisadores da área de Linguística, que investiga a língua em seus vários aspectos. As transformações das palavras, como a criação de novas expressões, interessam aos acadêmicos porque refletem mudanças sociais.

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“Sabonetar” tem relação com a ideia de estar ensaboado, de escorregar e, por consequência, é usado negativamente para quem não se posiciona. Quando Aline disse que “não está aqui para sabonetar”, anunciou uma decisão firme, certeira, de emparedar pai e filha.

Palavra virou expressão no meio político

Apesar da palavra “sabonetar” e suas variações terem sido popularizadas por reality shows e redes sociais, “já tomam proporções maiores, podendo ser empregados em outros contextos, como é o caso do cenário político – independemente do partido”, escrevem pesquisadoras em artigo científico.

Vanessa Steinhauser e Jacqueline Botassini, ligadas a universidades estaduais de Londrina e Maringá, investigaram o uso de “sabonetar” no X, antigo Twitter, em muitas postagens relacionadas ao Big Brother Brasil e A Fazenda, além de outros contextos.

Segundo as pesquisadoras, a palavra pornunciada por Aline no BBB 25, e por inúmeras pessoas antes dela, “é uma manifestação clara da criatividade e da maleabilidade da linguagem popular” e “ilustra a língua viva em construção, inovação, difusão, mutação e integração linguística”.

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Fonte: Visão do Corre
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