Massacre de Paraisópolis: audiência começa ouvir defesa de PMs

Após 25 testemunhas de defesa serem ouvidas, a maioria policiais, será possível saber se os réus vão a júri popular

28 jun 2024 - 08h03
(atualizado às 12h37)
Resumo
É provável que aconteça mais de uma audiência para ouvir as testemunhas de defesa. A maioria de quem vai depor a favor dos policiais acusados é composta por outros policiais, envolvidos na ação que matou nove jovens, além de seus superiores hierárquicos. Os 13 PMs réus serão ouvidos na próxima fase das oitivas.
Familiares e ativistas se reúnem em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda na audiência de 17 de maio
Familiares e ativistas se reúnem em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda na audiência de 17 de maio
Foto: Danylo Amilcar

As testemunhas de defesa dos treze policiais militares que participaram da ação no baile funk da DZ7, em Paraisópolis, com nove jovens mortos, começam a ser ouvidas no Fórum da Barra Funda, em São Paulo.

A audiência de 28 de junho dificilmente conseguirá ouvir as 25 testemunhas. A maioria é composta de policiais que estavam envolvidos na ação em dezembro de 2019, mas não se tornaram réus no processo.

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Entre as principais testemunhas de defesa estão superiores hierárquicos dos policiais – somente um deles arrolou civis.

Na audiência de 28 de junho serão ouvidos, entre outros:

- Marcelino Fernandes da Silva, corregedor na época dos fatos;

- Marcelo Vieira Salles, comandante geral da PM em 2019;

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- Douglas José Ferreira de Oliveira, comandante do 16º Batalhão quando ocorreram as nove mortes;

- Fábio Caio da Fonseca, major do 16º Batalhão quando ocorreu o Massacre de Paraisópolis;

- Emiliano Chaves Neto, então delegado no 89 DP.

Várias audiências pela frente

A estimativa Maria Cristina Quirino, mãe de Denys Henrique Quirino da Silva, um dos nove jovens mortos, é de que essa fase seja mais rápida do que a anterior, de depoimentos de acusação.

Desta vez, a quantidade de testemunhas é menor e o juiz teve o entendimento da necessidade de iniciar as audiências antes do horário tradicional de início do serviço do Tribunal de Justiça.

Na próxima fase, serão ouvidos os policiais. E somente então será decidido se irão ou não a júri popular, podendo ser responsabilizados pela morte de nove jovens no dia 1 de dezembro de 2019.

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Na ocasião, a Polícia Militar do Estado de São Paulo cercou mais de 5 mil pessoas em um baile funk em Paraisópolis e nove morreram asfixiados e espremidos na multidão. O crime aconteceu no conhecido Baile da DZ7.

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Fonte: Visão do Corre
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