Policiais militares realizam a chamada “Operação Impacto” na favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, com efetivo do Choque, Bope e Rota nesta quinta-feira, 27 de junho de 2024.
Amanhã, ocorre mais uma audiência sobre o Massacre de Paraisópolis, que pode levar PMs a júri popular pela morte de nove jovens em 2019.
“Acho que vazou um modelo de carta sobre um movimento que íamos fazer. Entraram até na Igreja Universal”, diz Janilton Oliveira, líder comunitário.
Segundo mensagens trocadas em grupos de WhastApp de moradores, "em algumas partres o cachorro está solto. Mamães que vão aí com seus filhos pela viela, não deixa as crianças soltas, não".
Em outro áudio, morador faz um apelo: "A gente vai contar com vocês para sair de casa um minutinho, dar uma andada na favela. A gente vai pedir para todo mundo tirar fotos que isso aí é uma operação abusiva, que não tem motivo. Por favor, dá essa atenção".
Na terça, um homem morreu baleado em operação policial e pelo menos dois ficaram feridos.
Tensão crescente em Paraisópolis
Conforme reportou o Visão do Corre, a apreensão é crescente entre os moradores da Favela de Paraisópolis. Um sinal evidente é a suspensão do baile funk.
Em 6 de junho, dois policiais militares lutaram contra homem, que morreu baleado. Semanas antes, garoto de sete anos levou tiro no olho e ficou cego.
Em 2019, episódios semelhantes criaram onda de tensão após morte de dois policiais, que terminou com nove jovens esmagados em baile funk.
O Visão do Corre entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e aguarda posicionamento.