Como um vegano se vira para comer em um estádio de futebol

No Estádio de futebol tem muito pastel, cachorro-quente, salgados, mas nunca encontramos nada vegano. Então confira como lidamos.

12 out 2023 - 05h00
Estádio Cícero Pompeu de Toledo, mais conhecido como Estádio do Morumbi
Estádio Cícero Pompeu de Toledo, mais conhecido como Estádio do Morumbi
Foto: Vegano Periférico

É impossível nascer numa periferia brasileira e ignorar o futebol, seja na brincadeira, como um sonho ou apenas acompanhando o time do coração. O futebol está presente no sangue do brasileiro, é um esporte espetacular que mexe com a nossa emoção.

A primeira experiência que tivemos com estádios de futebol, curiosamente, foi vendendo pastéis de carne e queijo pelas arquibancadas do Brinco de Ouro da Princesa, estádio do Guarani FC, um dos maiores times da cidade de Campinas, no interior de São Paulo.

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Sempre jogamos bola, mas foi ali que descobrimos que gostávamos mais de futebol do que imaginávamos. Quem já esteve em um estádio de futebol torcendo pelo seu clube sabe como é o sentimento e a emoção. 

Ainda hoje, frequentamos estádios de futebol com frequência e não sentimos vergonha de dizer que o futebol faz parte da nossa vida. Torcer e acompanhar por aqui é tradição.

Foto: Vegano Periférico

No entanto, frequentar estádios de futebol sendo vegano não é nada impossível, mas realmente não têm opção, em lugar nenhum. 

E é impossível não associar futebol com petiscos, pastéis, espetinhos de carne e cachorro-quente, refrigerante e cerveja. A comida de boteco, de rua é como se fizesse parte do espetáculo.

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O que costumamos fazer é comprar petiscos diversos e levar para o estádio, como: amendoins, salgadinhos, pipoca, biscoitos, e qualquer tipo de petisco embalado. Além de água, suco 

Levando em consideração que o Brasil é um país absolutamente acostumado com produtos de origem animal, e para que os estádios e o entorno estejam preparados para isso, vai levar tempo. E não vamos esperar o mundo mudar para podermos fazer alguma coisa. 

O objetivo não é comparar, comprar petiscos que se pareçam com os do estádio, nada disso. É ter opções dentro da nossa perspectiva, que é manter a nossa postura ética em relação à exploração animal, sem deixar de aproveitar um jogo de futebol, que é um esporte popular que sempre fez parte da nossa vida.

Não vamos deixar de frequentar estádios de futebol e muito menos consumir produtos de origem animal. Juntar o veganismo com poder desfrutar de um jogo de futebol, para nós, é fantástico e o suficiente.

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Se liga:

Só pode levar embalagens lacradas para o estádio de futebol, então não adianta querer entrar com lanches, e preparos feitos em casa. Já conseguimos entrar, mas é geralmente barrado.

Leonardo e Eduardo dos Santos são irmãos gêmeos, nascidos e criados na periferia de Campinas, interior de São Paulo. São midiativistas da Vegano Periférico, um movimento e coletivo que começou como uma conta do Instagram em outubro de 2017. Atuam pelos direitos humanos e direitos animais por meio da luta inclusiva e acessível, e nos seus canais de comunicação abordam temas como autonomia alimentar, reforma agrária, justiça social e meio ambiente.
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