Na prática, deixar de consumir produtos de origem animal por conta do sofrimento envolvido é muito mais fácil do que parece. Sempre nos perguntam por onde começar ou o que tem que fazer. Aqui listamos algumas dicas práticas para auxiliar nessa transição:
PESQUISAR E SE INFORMAR
O ponto mais importante é a informação, é o que sustenta e dá base para a mudança. Por isso, é importante pesquisar muito a respeito, observar os dois lados da moeda e questionar os motivos da transição. Algumas formas de se informar a respeito é assistir documentários, ler livros, artigos etc. Busque o máximo de informação sobre: indústria da carne, do leite, indústria granjeira, pecuária, desmatamento, testes em animais, sofrimento animal, especismo.
COMECE AOS POUCOS
Pensar que não vai ter o que comer ao se tornar vegano é um equívoco. Na verdade, o que acontece é o oposto, você se depara com um mundo de alternativas e descobre que não existem restrições e sim possibilidades infinitas.
Na transição, não há necessidade de tirar tudo de uma vez, o ideal é acrescentar alimentos de origem vegetal, adaptando o paladar e ir tirando todo tipo de carne algumas vezes na semana, vai parando com leite, com o queijo e assim por diante. Com o tempo você vai aprender novas receitas e outras formas de se alimentar.
FAZENDO O SIMPLES
No dia a dia ninguém tem tempo para fazer receitas elaboradas e cheias de malabarismos. No processo de transição temos a tendência de querer inventar moda e fazer o mais difícil, e não precisa. Nesse momento o ideal é focar no mais simples possível (mas apostando na variedade). Investir em pratos simples com variação de grãos, cereais, legumes e verduras, é a chave.
NÃO PRECISA DE INDUSTRIALIZADOS VEGANOS
As frutas, legumes, vegetais, grãos e cereais estão disponíveis em todas as regiões do país e podem ser consumidos de diversas formas e contém todos os nutrientes necessários que precisamos. Além disso, podemos fazer diversos preparos saborosos em casa, como: bolos, cookies, bolachas, pães, biscoitos, pizzas, salgados, pastéis, hambúrgueres, leites vegetais e muito mais. Além de ser mais barato, é muito mais saudável.
DICAS PRÁTICAS PARA O DIA A DIA
No nosso café da manhã e da tarde: consumimos salada de frutas (qualquer fruta que esteja acessível na sua região), bolo, torta, pão com tomate e orégano ou tapioca com pastinhas caseiras, guacamole, café preto, leite vegetal, suco de melancia ou laranja, açaí com banana, cuscuz puro, com leite de coco ou refogado com cebola e tomate.
No almoço e janta: variamos quando possível, mas é o básico arroz, feijão, lentilha, grão-de-bico, legumes grelhados, couve refogada, proteína de soja, saladas de todos os tipos e vinagrete. E tem muito mais, opção não falta.
Mas sempre que sobra um tempo fazemos grãomelete (tem receita aqui), hambúrgueres, queijos vegetais, lasanha, pizza, arroz de forno, berinjela à parmegiana.
SE ATENTE SOBRE A VITAMINA B12
A vitamina B12 não é de origem animal, e sim de origem bacteriana. Não é natural comer carne para ter B12 como dizem por aí, aliás, muita gente que consome produtos de origem animal têm deficiência de B12. Sendo ou não vegetariano é essencial fazer um exame para verificar os níveis da vitamina no organismo e suplementar se necessário. Porém, ao deixar de consumir totalmente animais e derivados, é necessária a suplementação integral.
O VEGANISMO VAI ALÉM DA ALIMENTAÇÃO
Ao se tornar vegano deixamos de utilizar qualquer tipo de produto de origem animal. Não utilizamos shampoos, desodorantes, sabonetes, entre outros produtos testados em animais. E o lance é ler rótulos e pesquisar as empresas que não utilizam animais. Também não frequentamos eventos como a vaquejada e rodeios. Além disso, não utilizamos roupas de couro, lã e seda. As nossas roupas são de algodão, é bem fácil de encontrar e muito acessível.
Importante: para mais informações referente a saúde e recomendações específicas, procure um médico ou nutricionista.