Atualmente, muitas pessoas vêm questionando a exploração animal, a agricultura voltada para alimentação de animais, a destruição ambiental e tudo que envolve a alimentação moderna, essencialmente a que está baseada em animais.
E muita gente quer mudar, abandonar o consumo de animais por completo, aumentar o consumo de vegetais e se tornar vegano. E essa é uma atitude muito positiva, tendo em vista toda crueldade e desrespeito com a vida dos animais que são usados e abusados para satisfazer nossos caprichos.
Mas o maior entrave é que as pessoas sentem dificuldades em largar os embutidos como presunto, salsicha, mortadela, o churrasco, o ovo frito, os doces e ultraprocessados a base de leite, e até mesmo o copo de leite com achocolatado, ou o famoso pingado (café com leite).
O queijo, então, nem se fala, parece ser o principal. E há uma explicação: ele é viciante, assim como outras drogas ilícitas, por conta de uma substância encontrada em sua composição, a caseína.
Mas toda essa dificuldade é super compreensível, pois estamos inseridos dentro de uma cultura que não só estimula esse consumo de diversas formas (familía, publicidade), como diz que é um consumo necessário para a sobrevivência humana.
Por isso, a gente sugere que para quem quer largar o consumo animal, comece por entender a cultura especista, buscar informação sobre a indústria animal, se inteirar e se munir de informações. A partir daí, o ideal é começar a incluir alimentos vegetais, fazer uma receita ou outra sem leite e ovos, e gradualmente retirando por completo todos os ingredientes de origem animal.
Esse processo precisa ser feito de forma genuína, de forma séria e com muita responsabilidade. Se tornar vegano é muito maneiro e praticar o veganismo não é difícil, é super tranquilo. Além de deixarmos de contribuir com tudo aquilo que não concordamos, passamos a conhecer muita coisa nova, fazer receitas incríveis, saímos da mesmice e do automático.
Talvez as principais dificuldades que podemos sentir sejam relacionadas ao meio social e ao consumo de produtos industrializados (que não é necessário para nada, mas é uma opção).
O meio social é complicado, porque as pessoas tendem a ser um pouco inconveniente e desrespeitosas, se sentem atacadas só pelo fato de ter alguém que não faz o que ela faz.
As pessoas à nossa volta hoje em dia estão mais suaves, mas no começo era muito difícil, sobretudo com os camaradas machistas: piadinhas estúpidas, preconceito, provocação, desrespeito, perguntas indecentes, entre outras.
Mas com o tempo isso passa, as pessoas percebem o quanto estão agindo de forma ignorante e começam a se interessar, a trocar ideia, ser mais abertas ao diálogo. É interessante ver esse processo, embora ele possa ser ruim no começo.
Em relação aos produtos industrializados como manteiga, leite vegetal de caixinha, salgadinho, bolacha, chocolate, biscoito, pão, embutidos… isso ainda é inacessível, muito caro e escasso.
Mas é importante ressaltar que nada disso é necessário, tudo isso é altamente insustentável, viciante e quando consumido em quantidade se torna muito nocivo à saúde.
De modo geral, é tranquilo ter uma alimentação vegana, viver normalmente como uma pessoa que trabalha, estuda e tem uma vida social. É muito comum, no começo, pensarmos que estamos numa bolha ou meio isolado, mas isso faz parte da forma de pensar, com o tempo tudo se normaliza.
A dicas principais é: compre alimentos naturais da feira, aprenda a cozinhar umas paradas em casa, busque receitas simples sem ingrediente animal, pesquise e faça esse processo ser daora.
Em relação ao meio social, seja compreensível, há muita desinformação, quando alguém zoa a gente, o segredo é zoar junto, dar risada. Não se apegue a produtos ultraprocessados, fuja disso. Mas, acima de tudo, se informe e saiba o porquê você está tomando a atitude que está tomando.