Para muitas pessoas, não é tão simples assim, tirar produtos de origem animal e consumir mais grãos, cereais, frutas, legumes e evitar contribuir com a exploração animal no seu cotidiano.
Por isso, vamos mostrar 4 dicas para quem deseja adotar um estilo de vida mais ético perante o sofrimento e a crueldade contra animais.
Precisamos considerar que cada pessoa foi educada de forma diferente, tem crenças e motivações distintas. Cada região, bairro, cidade ou estado tem suas particularidades e não podemos reduzir tudo a é simples e prático, vai lá e faz.
Dito isso segue algumas dicas que podem ser adaptadas para qualquer pessoa e região, desde que tenhamos a sobrevivência minimamente garantida.
Opte sempre por alimentos de verdade e evite ultraprocessados
Como sempre falamos aqui, se olharmos para o veganismo através de produtos industrializados, como queijos e hambúrgueres, iremos nos frustrar e desistir de fazer uma transição. Esses produtos são feitos com o propósito de vender para um nicho que deixou de consumir seus produtos principais. Logo, eles não estão interessados em que preço vai custar ou quem vai poder comprar, eles só querem vender.
Nossa alimentação sempre foi composta por muitos alimentos de origem vegetal, no Brasil, o arroz e feijão é unanimidade no território todo, e é uma combinação extremamente nutritiva, acessível e vegana. É possível ampliar cada vez mais isso e evitar ao máximo produtos que causam sofrimentos a animais.
Não espere ''um dia'' para decidir mudar, esse dia pode não chegar
Se você quer muito parar de consumir animais e derivados, mas está esperando ''um dia'' acontecer algo espetacular, ou ter tempo de sobra, ou a sua vida estar completamente organizada, seja financeira ou profissionalmente, isso pode ser uma autossabotagem, porque a nossa vida nunca vai estar perfeita, sem problemas ou empecilhos.
Considerando as suas limitações e dificuldades, comece de alguma forma, tire um produto ou outro, para mostrar que você consegue ter autonomia sobre as suas opções e desejos.
Abrace a dúvida, a dificuldade, não pense que ''um dia'' você vai saber tudo, vai ter todas as informações necessárias e a partir disso mudar. Os erros, e as barreiras que vão lhe dar essa bagagem, não o contrário.
Se livre de crenças limitantes e equivocadas
''Como vou fazer para ter proteína sendo vegano'', ou ''Vou ficar doente sem comer carne'', ‘’Eu sou pobre, não vou conseguir ser vegano’’. E por aí vai. Se livrar de pensamentos equivocados é um passo importante.
O processo é a melhor forma para se livrar disso, sentir na prática o quanto é bom e viável ser vegano, os benefícios e que a maioria das coisas que acreditamos são desinformações, fake news. E isso ocorre devido ao preconceito com o veganismo.
Busque boas informações sobre proteína, sobre suplementação, sobre a vitamina B12, ou como ganhar peso sendo vegano, segue páginas de pessoas da classe trabalhadora, que mostram o quão possível é ser vegano ganhando pouco. Tenha uma alimentação variada, colorida, com muito arroz e feijão e vegetais verdes escuros. Supere essas crenças com prática, informação e referência.
Se informe sobre a exploração animal, assista documentários, veja como a crueldade animal é terrível
É importante ter motivação para fazer qualquer coisa. Em relação ao veganismo, você precisa ter muito claro o porquê está tomando tal atitude, porque não vou consumir mais produtos de origem animal. E assistir documentários como Dominion e Terráqueos é importante para enxergar o quão cruel e horrível é a indústria que explora animais.
O que faz muita gente não seguir no veganismo, ou até mesmo pessoas não aderirem, é se alienar aos processos que os animais são submetidos. Quando a gente ignora o que acontece com os animais, cai naquela ‘’o que os olhos não vêem, o coração não sente’’. É importante os olhos verem, é fundamental encarar a realidade como ela de fato é.