Harmonia entre azul, branco e dourado, a obra do jovem artista Emerson Rocha, 25, é inconfundível. E não somente pelas cores, mas também pela estética única que expressa as experiências coletivas do cotidiano da população negra periférica.
Nascido em São Paulo, Emerson vem despontando como um dos artistas emergentes mais notáveis de sua geração. Ele vem ocupando um espaço de prestígio que há muitos anos foi negado a jovens artistas negros.
Atualmente, está com parte das obras expostas no MAR (Museu de Arte do Rio), na exposição “Um Defeito de Cor”, aberta ao público até 14 de maio.
Uma das pinturas é a de uma mulher preta com a faixa presidencial. Inclusive, elementos das religiões de matriz africana também estão muito presentes nas obras de Emerson.
“Ser porta-voz de uma mudança efetiva e possível, diferente do que nos era imposto enquanto crianças pretas desde muito cedo, e a maior herança que, enquanto artista preto contemporâneo, posso deixar para as próximas gerações”, escreveu, em publicação no Instagram.
A coleção do artista, que também é crítico e curador, também pode ser vista e adquirida em sua rede social.