Considerado uma vitrine de oportunidades, o Carnaval de Salvador abre espaço para novos artistas mostrarem seus trabalhos, como Guedez, que faz pagodtrap – mistura de “pagode”, um estilo de samba, com “trap”, subgênero do rap, mais dançante. O cantor se apresenta dia 21 de fevereiro, às 16h, no Largo Tereza Batista, uma praça do Pelourinho. O show é gratuito.
“O diferencial do meu trabalho é trazer muitas referências da música afrobrasileira, dentro de ritmos contemporâneos e de novos ritmos como pagotrap, rap, trap e afrobeat. Faço toda essa mistura”, conta Guedez.
Esse é o primeiro Carnaval de Jesus Guedes Souza, 22, conhecido artisticamente como Guedez, morador da Cidade Baixa, em Salvador. Ele é beatmaker, compositor e ganhou destaque com lançamentos de hits “Caminhando pela City” e “Ela Pede”. Guedez é idealizador e atração principal do Soteropagotrap, evento com sete edições realizadas de shows gratuitos de diversos artistas do gênero, sempre realizado no Pelourinho.
Carnaval de oportunidades
Abrir espaços para novos artistas é de extrema importância. Para muitos, é a realização de um sonho e, para outros, oportunidade de mostrar ao grande público que a cidade respira cultura. Guedez está animado para sua estreia como cantor solo no Carnaval. Para ele, não haveria lugar melhor para realizar esse feito do que no Pelourinho.
“Estou com uma sede enorme. No Carnaval, a energia é outra, diferente, o público está empolgado, principalmente pelo fato de estarmos há dois anos sem a festa. O pagotrap vai rolar solto”, ressalta o artista.
Além de Guedez, outros artistas estão confirmados para se apresentarem na terça-feira de Carnaval na Tereza Batista: Swing do Linnoyy, Hiran, Rosy e Banda, Sambaiana e Ifá completam a grade do último dia de folia no Pelourinho.
Soteropagotrap
Iniciado há um ano, o festival Soteropagotrap realizou três edições no Largo Quincas Berro D'água, Pelourinho. Técnico em produção musical, mixagem e masterização, Guedez aproveitou sua formação para mergulhar no universo da música tecnológica. Abraçou o trap, e logo em seguida ao pagotrap. Realizou participações em shows com artistas como Djonga, Matuê, Felipe Ret e Tribo da Periferia.
“Soteropagotrap é um evento muito importante, social e culturalmente, pelo fato de unir figuras da arte da nova geração, não só voltada para música, mas para a perspectiva visual, cenográfica, além de envolver dança, teatro”, pontua Guedez.
Ainda de acordo com ele, o Soteropadotrap é um ambiente em que todos se sentem iguais.