Muito além das fake news recentes e da saudade que a gente sente do Zé Gotinha, o Plano Nacional de Imunização existe por aqui desde 1975 e, em 1988, integrou-se ao SUS e permitiu que a imunização fosse um direito (e um dever, viu?) de todos. O nosso papo hoje é sobre a história desse programa que coordena e garante a realização de ações de vacinação em todo o país, desde o nosso nascimento.
Com o PNI, o Brasil erradicou doenças como varíola e poliomielite, resultado do cumprimento do percentual de cobertura de vacinas disponíveis. Um sinal de alerta é que nos últimos dois anos, por consequência da pandemia, as vacinas infantis atingiram apenas 75% de doses aplicadas, enquanto o ideal para o controle efetivo de diversas doenças é de 90%. De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2015 e 2020, a queda na cobertura vacinal foi de 22%.
"Com a vacinação, doenças importantes, como paralisia infantil e meningite, a gente não vê mais acontecer e acaba caindo no esquecimento", exemplifica a coordenadora do Departamento Científico de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, dra. Lorena de Castro Diniz. Ela ressalta que a queda no índice de imunização de doenças que deixaram de ser corriqueiras é um risco para toda a população. "A gente precisa ter a cobertura vacinal em dia e isso serve para todas as doenças", aponta.
O nosso papo hoje também conta com a participação da mestre em Patologia Humana, Zezé Menezes, que explica a importância, o funcionamento e os impactos do PNI para o nosso país. E, cá entre nós, me conta... Sua carteira de vacinação está em dia?
