Produzir alguns conteúdos acaba sendo difícil, né? Os dados sobre a crescente no número de crianças violentadas sexualmente têm crescido aqui no Brasil, mesmo num contexto em que o Estatuto da Criança e do Adolescente afirme que é garantido a eles a proteção integral para garantir seu bem estar e segurança. Qualquer violação desses preceitos, é considerada uma situação de violência.
“Com o isolamento social, as crianças ficaram protegidas do coronavírus, mas tiveram que enfrentar as tensões familiares, ocasionadas pela perda ou redução da renda familiar, a sobrecarga do trabalho doméstico e a falta de acesso aos serviços básicos. O estresse provocado pelo isolamento social trouxe o agravamento da pobreza e das demais questões relacionadas à desigualdade. O que afeta diretamente a vida das crianças, que acabam sendo vítimas. Assim, aquele ambiente que deveria ser referência de proteção se transforma em um lugar de violência”, contextualiza a especialista em Proteção e Desenvolvimento Infantil da Plan International Brasil, Gezyka Silveira.
Diante de uma realidade que atinge cerca de 45 mil crianças ao ano, a especialista aponta as principais consequências disso e reitera que um espaço para crianças precisa ser, acima de tudo, de atenção e cuidado. “A criança precisa viver em um ambiente saudável e ter como base uma educação positiva, baseada no carinho e no afeto, para que possa se desenvolver de forma integral e se tornar um adulto seguro e com capacidade para exercer seu pleno potencial em todas as áreas da sua vida.”
A nossa conversa é também um convite para quais pequenas ações no nosso dia a dia podem ajudar a proteger os mais novos e como a violência se dá por atos, mas também por omissões. Vamos?