Se tem algo que nos surpreende, assim como o preço de tudo que é necessário comprar nos últimos meses, é também a velocidade que o tempo parece estar passando. De olho nisso, percebo que nossa indignação com as altas nos preços é constante, mas branda.
Certamente pela sensação de impotência diante de tudo que tem acontecido e nos atropelados do início do ano para cá. Conversei com a economista Regiane Vieira Wolcher, que ressaltou a importância de diálogos sobre este tema, sobretudo com a população mais pobre, que mais perdeu poder aquisitivo.
Na troca com a economista, entendemos o que implica na movimentação da inflação e como isso deveria acontecer numa economia saudável. Spoiler: a realidade está bem distante da nossa. Por aqui, a inflação, que é o nome dado aos aumentos dos preços e produtos finais, pode ser calculada de duas formas.
IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que analisa a variação do custo da população que ganha entre 1 e 40 salários mínimos, e o INPC criado pelo IBGE e que analisa o custo de vida média das famílias com renda entre 1 e 5 salários mínimos. É interessante observar as variações dos dois índices, porque só reforça a informação trazida pela especialista e enfrentada na mesa de tantos lares.
Pensando em tudo que ainda temos para viver no semestre que se inicia, Regiane conta que a expectativa para redução no preços de itens como alimentos e combustíveis é baixa, principalmente considerando que os problemas que amparam os preços altos são mais profundos e dependem de tempo e dedicação da equipe econômica do governo para serem resolvidos. Mas bora entender melhor esse cenário no vídeo de hoje?