Por que o número de não-alfabetizados está em alta no país?

Nesta semana, o Simplão fala sobre o índice de não-alfabetizados no Brasil, que subiu 66% entre as crianças de 6 e 7 anos, de 2019 a 2021

21 mar 2022 - 12h00

Eu sempre compreendi e defendi o acesso à educação como um dos pilares para qualquer tipo de transformação que a gente espera da sociedade. E mais uma vez, ampliando os meus horizontes enquanto preparava uma conversa pra termos aqui no Simplão, a fala de uma fonte me mostrou que o negócio é bem mais complexo e muito menos romântico do que a gente imagina.

simplão no corre
simplão no corre
Foto: simplão no corre

Ter acesso à educação também implica em ter acesso a outros itens básicos para viver, além de uma estrutura para ampliar o momento de aprendizado para além da sala de aula. "É preciso investir em educação, mas também olhar pra outras políticas públicas que estão dela", alertou o coordenador do UniFavela, Breno Laerte. Como alguém estuda sem ter saneamento básico? Como é que a gente pode cobrar que uma criança saiba ler, se ela não tem meios de praticar isso no cotidiano?

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Aqui no Brasil, o índice de não-alfabetizados entre 6 e 7 anos chegou a 2,4 milhões de crianças entre 2019 e 2021, o crescimento foi de 66%. Para o coordenador de políticas públicas do Todos Pela Educação, Ivan Gontijo, os impactos de números como estes, se refletem ao longo da vida da população.

"Alfabetização tem que ser uma das principais prioridades de todo mundo que trabalha com educação, seja nas escolas, nos governos, no Ministério da Educação, porque é uma etapa fundamental na vida dos indivíduos", ressalta o coordenador.

O nosso papo hoje é sobre educação, mas também sobre políticas públicas, qualidade de vida da população, dinheiro, a configuração das famílias e raça. A educação vai muito além de papel, lápis e borracha na mesa, tem a ver com tudo que nos cerca.

Fonte: Simplão no Corre
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