Desde o último ano de eleições gerais aqui no país, falar sobre porte de armas divide opiniões pessoais da população e também se tornou tema principal de diversos estudos. Um exemplo deles é a pesquisa do Instituto Sou da Paz, que analisa o valor gasto pelo governo com internações hospitalares para cuidar de vítimas de violência armada.
Quando se trata do porte de armas, muito se fala sobre uma falsa ideia de proteção e segurança, sem levar em consideração o preparo de quem terá as armas em mãos, assim como o investimento na fiscalização do governo para que isso aconteça dentro do que é previsto pela lei. Por aqui, falta fiscalização, mas cresceu de forma significativa o registro de novas armas.
O gráfico, feito a partir de dados disponibilizados pelo Exército e a Polícia Federal e veiculado pelo Senado Federal, confirma o que conversamos no início deste texto. E como o diálogo atrelado à facilitação do porte de armas para determinados grupos fez os registros de armas saltarem de 51 para 178 mil entre 2018 e 2020.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, violência se caracteriza pelo uso intencional de força física ou de poder contra si ou outra pessoa. O resultado disso é visto em lesões, danos psicológicos e até a morte. A segurança, dentro do significado que conhecemos, está ligada ao afastamento do perigo, uma espécie de garantia deste direito. As armas, para muitos, ficam na linha tênue dos dois significados.
Conversei com o diretor executivo do Instituto Souza da Paz, Ivan Marques, para entender melhor essa situação, sobre um tema tão presente nas notícias e na rotina da população. Sem esquecer, é claro, que estamos em ano eleitoral e que o assunto deve continuar presente na agenda dos candidatos.
O nosso papo hoje é sobre as principais mudanças feitas no Estatuto de Desarmamento nos últimos quatro anos, segurança pública e dados sobre os impactos da presença de armas no cotidiano da população. Vamos nessa?