Como o Pix tem auxiliado novos empreendedores das periferias

A ferramenta une comodidade, velocidade e flexibilidade para atender as necessidades de seus usuários

10 nov 2022 - 05h00
Foto: Freepik

Unindo a comodidade, velocidade, controle de lucro e volume de transação, além de não ter taxação, o Pix tem se tornado uma ferramenta essencial para quem está começando a empreender, principalmente em bairros das periferias.

Ao todo, o número de chaves Pix cadastradas já é o dobro da população brasileira, de acordo com dados do Banco Central do Brasil. Até julho deste ano foram registradas 478 milhões de chaves, enquanto somos em 214,9 milhões de brasileiros. 95% das chaves são de pessoas físicas.

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Moradora do Jardim Ângela, periferia do extremo sul da capital paulista, Andressa Soares vende salgados desde 2020, ano do início da pandemia, para complementar sua renda de R$ 2 mil por mês que recebe do seu trabalho como diarista. Neste ano, começou a usar o Pix para facilitar as transferências entre seus clientes e até de quem a contrata para trabalhos domésticos.

“Encomendaram salgados, já recebo na hora que entrego. Sem aquela burocracia de depositar dinheiro via TED, DOC. Até nas casas que faço faxina eu recebo em Pix. Tudo mais fácil. O serviço aumenta, a demanda aumenta. Tenho mais clientes”, diz Andressa.

Já o motorista de aplicativo Júnior Soares, primo de Andressa, conta que o Pix o ajudou a diminuir os calotes da madrugada. “O pessoal sempre usava a desculpa do cartão ou do dinheiro esquecido. Agora eu já deixo o QR Code com minha chave Pix nos bancos traseiros. Recebo até caixinha agora”.

O sistema começou a ser elaborado durante o Governo Michel Temer (MDB), lançado oficialmente no dia 5 de outubro de 2020, com início de funcionamento integral em 16 de novembro de 2020, já no Governo Jair Bolsonaro (PL). A ferramenta funciona 24 horas, sete dias por semana, entre instituições financeiras, fintechs e instituições de pagamento.

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Mas ainda há quem tenha uma certa cautela quanto a utilização da ferramenta. É o caso da cabeleireira de Parelheiros, também no extremo sul paulistano, Flaviana Cristina. A empreendedora diz que seleciona a dedo as clientes em que ela confia oferecer o pagamento com Pix. Segundo ela, algumas usam da sua boa-fé para saírem sem pagar. 

“Sempre tem aquela que fala ‘ah, passa o Pix que vou fazer de casa’. E esse dinheiro chega só se eu ficar cobrando. Agora eu passei a adotar uma cautela, só faço o cabelo ou a unha se a pessoa fizer o pagamento antes do meu serviço”, diz Flaviana.

Por outro lado, ela reforça que a ferramenta tem sua importância, principalmente para novos empreendedores. “Tenho muitos amigos que estão trabalhando por conta própria e o Pix ajuda muito. Tem pessoas que trabalham com vendas online, recebem antes pelo produto, enviam. Recebem certinho, sem burocracia. Assim vale muito a pena”.

Fonte: Visão do Corre
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