A vila de casas modulares de 18 metros quadrados que abrigará pessoas em situação de rua na região central da cidade de São Paulo recebeu parte do total de 350 unidades na manhã desta quarta-feira (27). A previsão é que as primeiras famílias passem a residir temporariamente no local a partir de setembro.
Batizada de Vila Reencontro, a iniciativa é voltada prioritariamente a famílias com crianças. As unidades são semelhantes a contêineres, com banheiro, quarto e espaço para cozinhar. A ideia é que funcionem como moradias temporárias, por cerca de um ano.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) esteve no local para uma vistoria técnica. Ele ressaltou que cada unidade receberá quatro pessoas, totalizando 1,4 mil. Os moradores terão acesso a outros serviços no local, voltados especialmente a saúde e emprego. De acordo com ele, também terá uma unidade da rede Bom Prato a partir de novembro. "O foco principal é este: ser uma situação de porta de saída, para que a pessoa transitoriamente aqui possa ter a sua autonomia e se inserir no mercado de trabalho", destacou.
Segundo a Prefeitura, o projeto é inspirado em iniciativas nos Estados Unidos e na Europa. A vila fica localizada em um antigo terreno de 16 mil metros quadrados na Avenida do Estado, na região do Bom Retiro. A implantação foi criticada por parte dos moradores e comerciantes locais, que chegaram a criar um abaixo-assinado.
A gestão municipal tem destacado que um censo próprio realizado em 2021 identificou um aumento de 31,4% na população em situação de rua na cidade, com um total de 31.884 pessoas. A vila é uma das ações voltadas a mudar esse quadro.