Veja como foi o julgamento no STF que tornou Bolsonaro e aliados réus
Supremo Tribunal Federal decidiu nesta quarta-feira, 26, receber a denúncia da PGR
Por unanimidade, STF torna Bolsonaro e aliados réus por tentativa de golpe
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) tornaram, por unanimidade, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados réus por tentativa de golpe de Estado. A sessão com a Primeira Truma do STF terminou no início da tarde desta quarta-feira, 26. Agora, será aberto um processo penal contra os acusados, em que será analisado efetivamente o mérito das acusações. [LEIA MAIS]
Quando será o julgamento de Bolsonaro por trama golpista?
Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados se tornaram réus por tentativa de golpe de Estado. Com isso, é aberto um processo penal contra os acusados, em que será analisado efetivamente o mérito das acusações. Mas já há uma data definida para que o ex-presidente seja julgado? [SAIBA AQUI].
Aliados do governo Lula comemoram decisão do STF que tornou Bolsonaro réu
Aliados do governo Lula comemoraram a decisão que tornou Bolsonaro e mais sete aliados réus por tentativa de golpe de Estado nesta quarta-feira, 26. Nas redes sociais, deputados, partidos, entre outros críticos de Bolsonaro se manifestaram.
"É muito significativo que esta decisão tenha sido tomada à luz dos fatos apresentados na denúncia da PGR, no curso do devido processo legal, com garantia ampla do direito de defesa aos acusados. Tudo transcorrido no estado democrático de direito que os réus tentaram abolir", escreveu no X Gleisi Hoffmann, ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais. [LEIA MAIS].
Réu por tentativa de golpe, Bolsonaro chama acusações de 'graves e infundadas'
Após se tornar réu por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) conversou com jornalistas e classificou as acusações como "graves e infundadas".
"Vivemos um momento de intranquilidade no Brasil, por causa da criatividade de alguns", disse Bolsonaro. "Espero botar um ponto final nisso aí. Parece que tem algo pessoal contra mim e as acusações são muito graves, são infundadas". [LEIA MAIS]
Quando os demais denunciados por trama golpista vão ser julgados?
O julgamento do núcleo 1, que integra Jair Bolsonaro, Walter Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira, Mauro Cid, Almir Garnier, Alexandre Ramagem e Anderson Torres, teve início na terça-feira, 25, e foi concluído nesta quarta, 26. Por unanimidade, todos se tornaram réus.
Já o núcleo 2 está com o julgamento marcado para o dia 29 de abril. O núcleo 3 será julgado em 8 de abril. O núcleo 4 será no dia 6 de maio. Por fim, o núcleo 5 está com a denúncia sob análise de Alexandre de Moraes e sem data para ir a julgamento. [LEIA MAIS].
Quais são os próximos passos do STF agora que Bolsonaro é réu?
O fato de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete aliados virarem réus por tentativa de golpe não torna os envolvidos culpados e nem garante a prisão deles. A partir de agora, a Corte instaura o processo criminal e dá início a fase de 'instrução processual'. Mas o que isso significa? [ENTENDA AQUI PRÓXIMOS PASSOS].
Flávio critica Moraes por vídeos: 'Claro objetivo de prejudicar o réu?'
Flávio Bolsonaro (PL), senador pelo Rio de Janeiro e o primeiro filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, criticou a exibição de vídeos no julgamento minutos após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade de seus ministros, tornar o ex-presidente réu por tentativa de golpe de Estado.
"É juiz ou promotor? Como que exibe um vídeo que não está nos autos e com o claro objetivo de prejudicar o réu? Não sobrou nada do Estado Democrático de Direito. A Constituição virou cinzas", escreveu o senador nas redes sociais. [LEIA MAIS].
'Precisamos ter liberdade de defesa', diz advogado de Bolsonaro
Após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Celso Vilardi, que defende Jair Bolsonaro (PL), afirmou à imprensa que "precisa de liberdade de defesa".
"Precisamos ter liberdade de defesa, senão é muito complicado. O alerta que nós estamos fazendo desde a apresentação da defesa e na sustentação oral de ontem, é o que aconteceu hoje: trechos de diálogos. Estão dentro do contexto? Fora do contexto? tem alguma coisa mais ou a menos? Nós não sabemos. Então, nós precisamos ter e esperamos que tenhamos, a partir de agora, uma plenitude de defesa que é o que determina a Constituição Federal", disse Vilardi. [LEIA MAIS].
Moraes diz que 'não há nenhuma dúvida' de que Bolsonaro sabia de 'minuta do golpe'
Como foi o 2º dia de julgamento no STF?
- Os cinco ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornaram, nesta quarta-feira, 26, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados réus por tentativa de golpe de Estado;
- Na sessão de hoje, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, apresentou seu voto, acatando integralmente a denúncia da PGR. Em seguida, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin seguiram o voto do relator, e a denúncia foi recebida por unanimidade.
- Diferente das sessões de terça-feira, 25, Jair Bolsonaro não acompanhou a votação do colegiado no plenário do STF, mas no gabinete de seu filho, Flávio Bolsonaro (PL).
- A sessão iniciou com a leitura do voto de Moraes. O relator afirmou que é necessária a "comprovação da materialidade dos delitos imputados aos denunciados", disse que isso já foi reconhecido pelo STF em 474 denúncias e avaliou que os fatos ocorrido no dia 8 de janeiro são graves.
- Para ilustrar a materialidade dos crimes, Moraes pediu a exibição de vídeos das ações que ocorreram na data dos atos golpistas. "É um absurdo as pessoas dizerem que não houve agressão. Nenhuma bíblia, nenhum batom é visto nesse momento. Mas a depredação ao patrimônio público, o ataque à polícia, é visto."
- Moraes relembrou que a denúncia cita que Bolsonaro coordenou os integrantes de seu governo na narrativa para atacar as instituições do País e a criação do "gabinete do ódio". O ministro ainda citou um discurso de Bolsonaro na Avenida Paulista, em setembro de 2021, em que o então presidente "após algumas 'palavras carinhosas contra minha pessoa', disse que não cumpriria mais ordens judiciais".
- Flávio Dino foi o segundo a votar e afirmou que as próprias sustentações orais chamaram sua atenção e foram no sentido da materialidade da denúncia. Ele também destacou que foram apreendidas armas, inclusive durante o 8 de janeiro de 2023, lembrou que muitos dos participantes eram policiais e membros das Forças Armadas e que "há gente mais apaixonada pelas armas do que pelos cônjuges".
- Luiz Fux foi o terceiro a votar, elogiou Moraes ao dizer que o colega "esclareceu quem fez o quê" e pontuou que "em hipótese alguma pode dizer que não aconteceu nada". Fux também citou o "caso do batom" -- em que a cabeleireira Débora dos Santos pichou a estátua "A Justiça".
- Cármen Lúcia foi a quarta a votar e foi direta na defesa da democracia e relembrou os riscos de quedas institucionais. "Ditadura mata", afirmou. A ministra ainda declarou que os atos de 8 de janeiro não foram fatos isolados, mas o resultado de uma engrenagem construída.
- Cristiano Zanin foi o último a votar e, no fim, declarou: "A Turma por uninanimidade recebeu a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República".
- Durante o julgamento, os ministros Alexandre de Moraes e Luiz Fux divergiram em relação ao caso da cabeleireira Débora Santos. Ela foi acusada de pichar a estátua da Justiça, em Brasília, com batom nos atos de 8 de janeiro.
- Os ministros Flávio Dino, de 56 anos, e Alexandre de Moraes, também de 56, protagonizaram uma cena de descontração em meio ao julgamento. Os magistrados brincaram com as idades um do outro e com a proximidade de suas aposentadorias.
'Golpe de Estado mata', afirma Dino em voto de julgamento de Bolsonaro
Com Bolsonaro, Brasil mantém tradição de ex-presidentes virarem réus
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete pessoas por tentativa de golpe de estado. Com isso, ele se torna o primeiro ex-presidente do Brasil réu em um processo desta natureza.
Com a decisão, Bolsonaro se junta a outros cinco ex-presidentes vivos que viraram réus (por motivos diferentes):
- José Sarney (MDB);
- Fernando Collor de Mello;
- Lula (PT);
- Dilma Rousseff (PT);
- Michel Temer (MDB)
Dino brinca com pronúncia de nome, cita Trump e arranca risada de ministros
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino sustentou seu voto na análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados do ex-presidente com seriedade, mas também arrancou risadas dos colegas ao brincar com o nome "Michael Procopio" – fazendo até uma referência inusitada a Michael Jackson e Donald Trump. [SAIBA COMO FOI].
Após STF aceitar denúncia, qual deve ser a pena de Bolsonaro caso seja condenado?
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tornando-o réu.
Agora, o caso vai a julgamento na mesma Corte, podendo ocasionar na prisão do ex-mandatário. Por se tratar de mais de um crime a ser julgado, a definição da pena pode ser feita de diferentes formas. [ENTENDA].
Dino e Moraes brincam com idades e aposentadoria compulsória: 'Vossa excelência primeiro'
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, de 56 anos, e Alexandre de Moraes, também de 56, protagonizaram uma cena de descontração nesta quarta-feira, 26, em meio ao julgamento que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras sete pessoas réus por tentativa de golpe de Estado. Os magistrados brincaram com as idades um do outro e com a proximidade de suas aposentadorias. [LEIA MAIS].
Saiba como foi o voto de Moraes a favor do recebimento da denúncia
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ironizou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enquanto justificava seu voto para torná-lo réu na denúncia por tentativa de golpe de estado, chamando os ataques que sofreu de "palavras carinhosas".
Em sua fala, Moraes declarou que o ex-presidente teve participação ao ordenar a manutenção de manifestações na frente de quartéis e disse que "não há mais nenhuma dúvida que o denunciado Jair Messias Bolsonaro conhecia, manuseava e discutiu sobre a minuta do golpe". [LEIA MAIS].
Cármen Lúcia e Moraes citam que Trump elogiou sistema eleitoral brasileiro
Durante o segundo dia de julgamento sobre a denúncia contra Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados por tentativa de golpe de Estado, os ministros Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia ressaltaram que Donald Trump elogiou o sistema eleitoral brasileiro em um decreto que altera as regras eleitorais dos Estados Unidos.
"Brasil citado expressamente como modelo de sucesso por Donald Trump, enquanto aqui houve toda essa preparação para se colocar em dúvida", disse Moraes. [LEIA MAIS].
STF marca julgamento da denúncia contra o 'núcleo 4' da tentativa de golpe
O presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cristiano Zanin, marcou para os dias 6 e 7 de maio o início do julgamento da denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra mais um núcleo que integra o inquérito do golpe. Desta vez, será julgado o grupo acusado de atuar na produção e disseminação de desinformação e ataques ao sistema eleitoral. [LEIA MAIS].
Moraes cita ato de Bolsonaro na Paulista e ironiza: 'Palavras carinhosas em relação a minha pessoa'; veja
Pichação com batom vira divergência entre Moraes e Fux no STF
Em meio ao julgamento que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados réus por tentativa de golpe, Alexandre de Moraes, que é relator do caso, divergiu de Luiz Fux em relação ao caso da cabeleireira Débora Santos, acusada de pichar a estátua da Justiça com batom nos atos de 8 de janeiro.
Fux já havia pedido vista, ou seja, mais tempo para analisar o caso, enquanto Moraes votou a favor da prisão da mulher por 14 anos, além do pagamento de uma multa de R$ 50 mil. Na sessão desta quarta-feira, Fux justificou sua decisão e o por quê de ter divergido do voto do relator. [LEIA MAIS].