Garotinho está insatisfeito com resultado da ação
Segunda, 12 de junho de 2000, 21h08min
Atualizado à 05h17min O governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PDT), disse nesta segunda-feira (12) à noite que não ficou satisfeito com o desfecho do cerco policial ao bandido que manteve 11 reféns em um ônibus no Jardim Botânico. O Governador condenou ainda o uso de drogas dizendo que "a droga é a grande desgraça da sociedade, pricipalmente dos jovens" Garotinho evitou, no entanto, fazer crÃticas à ação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PolÃcia Militar. "Se houve falha, foi ter morrido alguém", declarou o governador. Garotinho prometeu que "serão tomadas providências" se ficar claro que os tiros que mataram a refém Geisla Firmo Gonçalves, de 20 anos, foram disparados por armas da polÃcia. Não explicou, porém, que tipo de medida será tomada. A perÃcia ficará pronta na manhã desta terça-feira (13). "A verdade tudo dirá, quero tudo a limpo. Esta menina podia ser minha filha", disse Garotinho. As crÃticas do presidente Fernando Henrique Cardoso de que a ação foi muito demorada foram rebatidas pelo governador. "Eu preferia que demorasse mais e não houvesse a vÃtima." Sem citar o presidente, Garotinho afirmou: "Não precisamos de gente para fazer demagogia, esta não é hora para fazer polÃtica." Ao lado do secretário de Segurança Pública, Josias Quintal, do comandante da PolÃcia Militar, coronel Sérgio da Cruz, e do comandante do Bope, tenente-coronel José de Oliveira Penteado, o governador disse que a polÃcia agiu certo ao cercar o ônibus quando foi informada do assalto. Sobre a morte da refém, Penteado afirmou: "Aquilo não poderia ter acontecido." Ele negou, porém, que tenha havido erro na operação. Segundo Penteado, ao deixar o ônibus, o bandido disse que ia matar a refém, atirar em outras pessoas e se matar. "Não sabÃamos o que ele podia aprontar, foi uma decisão de segundos" comentou o comandante do Bope. Ele acrescentou não saber informar se os tiros que atingiram a refém saÃram somente da arma do seqüestrador - um revólver calibre 38. De acordo com as últimas informações divulgadas pela Rede Globo, o assaltante estava com uma arma calibre 38, que apresentava três cápsulas intactas e duas vazias, indicando que somente dois tiros foram disparados pelo revólver. Leia mais: Entenda como foi o seqüestro
Agência Estado / Redação Terra
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