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CPI do Senado decide abrir "caixa-preta" da CBF

Terça, 24 de outubro de 2000, 20h04min
A CPI do Senado decidiu quebrar o sigilo da conta bancária da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), de 1995 até hoje. A Comissão também aprovou a quebra de sigilo bancário e fiscal do ex-técnico da seleção brasileira Wanderley Luxemburgo e da empresa Traffic Assessoria e Comunicações SC Ltda. A CPI confirmou a convocação de Luxemburgo e do deputado federal e vice-presidente do Vasco, Eurico Miranda (PPB-RJ), que também é o vice-presidente da CPI da Nike, na Câmara.

O pedido foi apresentado pelo próprio presidente da CPI, senador Álvaro Dias (PSDB-PR), argumentando que o contrato exclusivo de patrocínio assinado pela Nike com a CBF foi "um dos fatos determinantes" para a instalação da Comissão Parlamentar. Ele acredita que se possa identificar sonegação fiscal e evasão de divisas na investigação detalhada dos vínculos do contrato.

A decisão de quebra do sigilo da Traffic é pelo fato de a empresa ter sido a intermediária entre a CBF e a Nike. Para Álvaro Dias, o papel da Traffic é extremamente obscuro. "Denúncias feitas insistentemente pela imprensa dão conta de que a empresa poderia estar relacionada com o desvio de recursos, a fim de viabilizar sonegação fiscal e evasão de divisas."

Segundo o presidente da CPI, o primeiro passo dos senadores será investigar casos de sonegação fiscal e cambial. Tanto é que a Comissão quer os dados mensais das movimentações das contas bancárias de Luxemburgo desde 1993 e as despesas em cartões de crédito. A Comissão quer saber, além disso, se o treinador utilizou contas CC-5, de não-residente no Brasil.

Luxemburgo não será mais o primeiro a ser convocado pela CPI do Senado. Em reunião na segunda-feira, entre os dirigentes da CPI, decidiu-se convidar para depor na próxima semana um representante do Banco Central que vem investigando a transferência de jogadores para clubes estrangeiros. Outros chamados serão o secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, e o ministro da Previdência Social, Waldeck Ornellas.

"Não queremos que os depoimentos sejam vazios", explicou Álvaro Dias, que deseja abastecer a mesa e a assessoria da Comissão com informações oficiais. Além das autoridades do governo, a CPI decidiu convidar, e não convocar, o ex-ministro dos Esportes Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, que é desafeto do presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

A CPI também resolveu convocar o empresário Juan Figer, o mais conhecido no mundo do futebol, que utilizaria o clube uruguaio Central Espanhol para intermediar venda do passe de jogadores brasileiros, além de Luis Vianna, que já foi descredenciado da Fifa. Segundo Álvaro Dias, contra ele há suspeitas de sonegação fiscal e evasão de divisas na negociação do passe do atacante Edílson.

Segundo Álvaro Dias, serão requisitados documentos da Fifa e de vários clubes para averiguar a transação de jogadores.

Comentários - O diretor de Comercialização da CBF, Luís Carlos Salim, disse que "hoje em dia é normal este negócio de quebrar sigilo bancário". O advogado de Luxemburgo, Michel Assef, também recebeu a notícia com tranqüilidade: "Já tinham quebrado o sigilo bancário do Wanderley no processo na Justiça Federal e, se quiserem, é só pedir que eu envio uma cópia do processo para eles."

Veja o especial sobre as CPIs do Senado e da Câmara
Agência Estado

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