Atualizada às 20h46
Os jornalistas esportivos convocados para depor não entregaram à CPI do Futebol as provas que os deputados esperavam para comprovar as suspeitas de irregularidades no contrato entre a CBF e a Nike. Para o jornalista Juca Kfouri, o contrato já é em si a prova, porque estabelece direitos específicos para a Nike. Ele só não sabe se a empresa efetivamente utiliza. E voltou a informar que se a sessão fosse secreta poderia fornecer "indícios" mais concretos que ele vem investigando sobre transações bancárias internacionais, propriedades com respectivos endereços que estaria disposto a abrir para os deputados, mas não falaria em público para não ser mais uma vez processado pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira.O deputado Ciro Nogueira (PFL-PI), presidente do River do Piauí, ridicularizou a tentativa do jornalista em tornar a sessão secreta. Ele disse que ao saber desse apelo imaginou que encontraria pessoas encapuzadas e cobertas por lençóis quando chegasse à CPI, fazendo uma alusão ao que ocorria na CPI do Narcotráfico. "Eu quero as provas, eles apenas repetiram o que comentam em seus programas", comentava Zezé Perrela (PFL-MG).
Kfouri disse que as suspeitas sobre o contrato da Nike com a CBF são fruto do próprio clima de mistério que cercou a assinatura do acordo. Para ele, bastaria que tivessem agido com transparência para diluir as suspeitas sobre a exigência da presença de oito jogadores titulares nos jogos amistosos da seleção brasileira, e da realização de cinco amistosos promovidos pela Nike e até mesmo sobre a cláusula de sigilo se tivessem sido dadas as devidas explicações.
Já Flavio Prado entregou cópia de uma carta manuscrita e em inglês que teria sido entregue à Fifa explicando que Ronaldinho estava com uma contusão no tornozelo. "Foi uma mentira efetivada", comentou Prado, em referência à convulsão que o jogador teve antes do jogo. Mesmo assim em menos de meia hora numa segunda ficha de escalação o nome dele apareceu, no lugar do Edmundo que vinha na primeira ficha.
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