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Havelange diz que não viu contrato entre CBF e Nike
O ex-presidente da Fifa recebeu
dos deputados uma cópia do contrato
(Agência Estado)

Quinta, 09 de novembro de 2000, 14h16min
O ex-presidente da Fifa, João Havelange, defendeu hoje a CBF, seu presidente, Ricardo Teixeira, e o contrato de patrocínio com a empresa de material esportivo Nike. Ao prestar depoimento na CPI da Nike, da Câmara, ele garantiu, porém, que nunca viu o contrato. O relator da comissão, Silvio Torres (PSDB-SP), lamentou a negativa de Havelange. "Não posso crer que vossa senhoria sabendo de seu depoimento não tenha lido o contrato", disse. Os deputados entregaram uma cópia do contrato para que o ex-presidente da Fifa o avalie e dê um parecer.

Havelange – que ainda é presidente de honra da Fifa – foi convidado pelos deputados para explicar as relações entre as confederações e seus patrocinadores. Como presidente da entidade máxima do futebol mundial entre 1974 e 1998, ele firmou contratos milionários com a empresa de material esportivo Adidas e a Coca-Cola, inaugurando a era dos meganegócios do futebol.

O depoimento teve momentos de tensão. Quando já estava há três horas respondendo às perguntas da CPI, o ex-presidente da Fifa reagiu indignado às questões levantadas pelo deputado Pedro Celso (PT-DF). Recorrendo a reportagens publicadas em jornais e revistas da época, o parlamentar sugeriu a existência de ligações de Havelange a uma empresa que supostamente venderia armas para o governo militar argentino, na década de 70. Celso pediu ainda explicações sobre um suposto rombo de US$ 13,4 milhões que Havelange teria deixado nos cofres da extinta CBD - a entidade que comandava o futebol brasileiro naquele período.

"Eu não vim aqui para ser maltratado desta maneira. Esse tipo de questionamento é uma indignação, uma desfaçatez e um desrespeito", disse o dirigente, muito nervoso.

Outro deputado do PT, Arlindo Chinaglia (SP), também conseguiu alterar o humor do ex-presidente da Fifa João Havelange, que está prestando depoimento neste momento à CPI da Nike. Chinaglia fez perguntas sobre as desavenças entre Havelange e Pelé, além de ter citado o escritor espanhol Juan Sabrelli, que em uma de suas obras chama o ex-dirigente, 84 anos, de corrupto.

"Tudo que consegui está no meu imposto de renda", respondeu. "E o pouco que tenho está no nome de minha mulher. Por isso, este senhor (Juan Sabrelli) é um crápula".

Havelange tentou ainda minimizar seus problemas com Pelé. Garantiu que não convidou o ex-jogador para o sorteio dos grupos da Copa de 94 porque "isto não é uma tarefa do presidente da Fifa". "Os convidados são escolhidos por outros setores da entidade", garantiu.

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Agência Estado

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