Terça, 14 de novembro de 2000, 17h52min
Atualizada às 19h14
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados, que investiga o contrato firmado entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a empresa de materiais esportivos, Nike, confirmou hoje que o atual técnico do Clube de Regatas Flamengo, Mário Jorge Lobo Zagallo, e o ex-médico da Seleção Brasileira, Lídio Toledo, irão depor à CPI, na próxima terça-feira (21), às 15 horas. Eles devem falar sobre a final da Copa do Mundo de 1998, realizada na França.

"Espero que eles ajudem a esclarecer as dúvidas que pairam sobre a opinião pública em relação à escalação do jogador Ronaldinho na última partida da Copa do Mundo de 1998. Sabemos que o Zagallo e o Lídio Toledo são pessoas de grande responsabilidade e que poderão oferecer, em definitivo, essas explicações", afirmou o presidente da CPI, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP).

Na tarde de hoje, os deputados aprovaram 18 dos 27 requerimentos da pauta. Entre eles, o pedido das quebras de sigilo bancário e fiscal das federações estaduais de futebol, a solicitação de convocação dos empresários Eduardo Sakamoto, Juan Figuer, Francisco Monteiro, Reinaldo Pitta, Alexandre Martins e Wagner Ribeiro, responsáveis pela transferência de jogadores brasileiros para o exterior.

Foi aprovada também a convocação para depoimento do ex-técnico da Seleção Brasileira, Wanderley Luxemburgo, na condição de testemunha.

De acordo com Rebelo, o calendário dos depoimentos solicitados nesta terça-feira será discutido em reunião entre os parlamentares, no próximo dia 21, uma hora antes dos esclarecimentos de Zagallo e Lídio Toledo. "Essa reunião também servirá para fazermos um balanço geral da CPI", enfatizou o presidente da CPI.

Aldo Rebelo ainda garantiu que as informações "essenciais" do depoimento secreto do jornalista Juca Kfouri, realizado no último fim-de-semana, já estão de posse do relator da comissão, deputado Sílvio Torres (PSDB-SP). "Os parlamentares conhecerão a essência dos esclarecimentos de Juca Kfouri também na reunião do dia 21", concluiu.

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Agência Brasil

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