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Nike nega ter dado dinheiro para CBF

Segunda, 20 de novembro de 2000, 21h17min
Ao contrário do que acontece com os contratos firmados por clubes, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não recebeu uma quantia em dinheiro para ceder, com exclusividade, à Nike o direito de licenciamentos de diversos produtos com a marca da seleção. A informação é do assessor da Nike, Ingo Ostrovsky. Em um negociação em abril, foram feitas modificações no contrato de parceria e também foi alterado o número de amistosos oficiais da Nike a serem realizados pela seleção.

Nesta data, foi acordado que a CBF tem direito a metade do lucro da venda destes produtos licenciados, menos 20%, que são pagos à Nike para despesas operacionais. "A CBF tem como vantagem o crescimento da receita arrecadada", garantiu Ostrovsky, explicando que a multinacional está negociando com vários parceiros o licenciamento dos produtos.

A Nike já tinha direito a comercializar vestuários e calçados com a marca da seleção. Pela alteração, a imagem da seleção e dos jogadores, quando houver um grupo de mais de três, também passam a pertencer a empresa. A assessoria da CBF lembrou que existe uma diferença entre clubes, que ficam mais expostos na mídia, para justificar a falta de uma aporte financeiro para o contrato.

Outra questão renegociada foi a diminuição da cota mínima, de cinco para dois, de amistosos a serem realizados por ano. E foi incluída a possibilidade de a Nike abater parte do valor a ser pago à CBF se o número de 35 partidas não for atingido em 2004. Neste ano, está previsto que a CBF receba US$ 20 milhões, valor que pode sofrer descontos de acordo com o número de partidas.

Será feita a mesma avaliação nos dois anos seguintes, quando a CBF receberá mais US$ 35 milhões. No total, a seleção precisa jogar 50 partidas, ao final do dez anos de contrato, que se encerra em 2006. Em cada ano, se não for cumprida a cota mínima até aquela data, será determinado um abatimento no valor a ser pago a CBF, de acordo com uma fórmula descrita no documento.

"A gente errou ao prever que poderia jogar cinco vezes. É que, em 1996, o Brasil era campeão e não sabíamos que o time teria de enfrentar eliminatórias", afirmou Ingo. "Não poderíamos pagar por amistosos que não aconteceram." A assessoria da CBF, por sua vez, ressalta que o abatimento só vai acontecer se houver um cenário ruim. Ou seja, se a seleção for campeã Mundo, poderá cumprir a cota de amistoso. Mais do que isso, a assessoria lembra que as eliminatórias são ainda mais rentáveis do que os amistosos, já que, segundo ela, a CBF lucra até cerca de US$ 33 milhões, com a competição.

Ainda de acordo com a assessoria da Nike, ficou estabelecido que, até agora, foram disputados nove amistosos. Cinco jogos no exterior não contaram. Os amistoso contra o México, em 1997, primeiro do contrato e, por isso, comemorativo. Os jogos com Inglaterra e País de Gales não eram considerados jogos oficiais da Nike.

Além disso, os amistosos contra a Austrália não entraram na conta porque a multinacional teve prejuízo, por causa da ausência de Ronaldo, da Inter de Milão. O técnico Wanderley Luxemburgo cortou o atacante por causa de uma exigência do clube italiano para que ele retornasse. "Mas não há aditivo relativo a presença de Ronaldo na seleção", garantiu Ingo.

Nas alterações do contrato, também ficou estabelecido, segundo a assessoria, que os amistoso do Brasil no exterior passam a pertencer a Nike, que fica com as receitas provenientes do jogo. A assessoria da multinacional informou, por fim, que a CBF ainda tem direito sobre os jogos nacionais, mas a multinacional ganha 20% dos jogos que agenciar para a seleção.

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Agência Estado

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