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Deputados não acreditam em Zagallo

Terça, 21 de novembro de 2000, 21h39min
O ex-treinador da Seleção Brasileira, Mário Jorge Lobo Zagallo, foi nesta terça-feira criticado pelos deputados da CPI da Nike, que não acreditaram nas suas declarações de que desconhecia por completo o teor do contrato da multinacional com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ele negou ter a multinacional interferido na escalação dos jogadores, mas admitiu que algumas vezes a seleção era obrigada a jogar amistosos que não haviam sido acertados pela equipe técnica. Zagallo também desagradou aos parlamentares, pela forma subserviente como se referiu ao presidente da CBF, todas as vezes em que se referiu a ele. "Nunca me canso de agradecer a ele (Ricardo Teixeira) tudo o que fez por mim na seleção".

O relator da comissão, deputado Silvio Torres (PSDB-SP), apontou contradições na parte do depoimento em que Zagallo disse desconhecer o contrato da Nike. "Ninguém esconderia isso de um treinador", alegou. Zagallo mostrou-se incomodado na maior parte do depoimento de cerca de três horas. Diante do pedido do deputado Ronaldo Vasconcellos (PFL-MG) que lhe pediu que saísse daquele "comportamento hermético", Zagallo brincou: "Dizem que eu jogo na retranca", repetindo em seguida que nada sabe sobre o contrato da CBF com a Nike. "Eu estava no meu cantinho", frisou. "É do andar de cima que vinha a decisão".

Ronaldinho - Zagallo assegurou que escalaria hoje a mesma seleção que perdeu a Copa da França. Ele voltou a se responsabilizar pelo time, mesmo tendo se certificado depois que os jogadores estavam "traumatizados" pelo estresse emocional, "a convulsão" sofrida pelo atacante Ronaldinho. "Mas o Ronaldinho chegou dizendo que estava em condições de jogar."

O técnico exaltou-se ao contestar informação publicada num jornal, de que teria atuado para impedir a instalação da CPI. Foi repreendido e pediu desculpas.

O presidente da CPI, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) exibiu e mandou distribuir cópia da carta enviada por Ricardo Teixeira aos deputados em maio de 99, quando foi aprovado o requerimento de criação da CPI da Nike. Ele pedia aos parlamentares que desistissem da idéia. Teixeira anexou à carta declarações em que Zagallo e seu sucessor na seleção, Wanderley Luxemburgo, afirmam que "a Nike jamais interferiu na convocação". Zagallo reconheceu que sua assinatura, mas não soube dizer quem lhe pediu para assinar o documento.

Saiba mais:
Especial: O futebol no Congresso

Agência Estado

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