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Depoimento de Edmundo é um dos mais produtivos para a CPI

Quinta, 23 de novembro de 2000, 17h39min
O plenário da CPI da Nike permaneceu completamente em silêncio quando o jogador Edmundo Alves Souza Neto descreveu a convulsão de Ronaldo, no dia da final da Copa de 98. Por volta das 15 horas, os jogadores estavam no quarto descansando, Edmundo assistia a TV quando Roberto Carlos disse que Ronaldo estava passando mal. Ele tinha a boca espumando, o corpo todo contorcido e se debatia.

"Ao ver a cena, eu me desesperei", relembrou Edmundo, que saiu batendo em todas as portas e gritando para que os médicos viessem atendê-lo. Mas, segundo o jogador, foi o jogador César Sampaio quem protegeu a mão com um lençol e desenrolou a língua de Ronaldo. Passada a crise, ele adormeceu.

Edmundo disse que os médicos argumentaram que o jogo daquele dia era importante e que o Ronaldo iria acordar e não se lembraria do que havia acontecido. "Os médicos nos pediram então para não contar a ele", revelou Edmundo. Todos estavam no refeitório, quando Ronaldo apareceu. "Foi o último a chegar, sentou e não falou com ninguém." Um comportamento diferente do normal, segundo Edmundo. Mas não lanchou, levantou-se e foi em direção ao campo que ficava ao lado do restaurante. "Ele não está bem", reagiu Leonardo, solicitando aos médicos que o levassem para fazer exames.

Ronaldo reapareceu já no estádio, perto da hora do aquecimento. Estava alegre e sorridente. Entrou em uma reunião da qual participaram apenas ele de jogador, a comissão técnica e o departamento médico. Ronaldo, que seria substituído por Edmundo, acabou sendo escalado.

O depoimento de Edmundo, conhecido por "animal" pela raça em campo e também pelo temperamento explosivo, foi um dos mais produtivos já ocorridos na CPI. Ele recebeu elogiou tanto da bancada da CBF, que integra a comissão, como dos deputados de oposição pela sinceridade e serenidade com que respondeu a todas as perguntas.

O clima somente ficou tenso quando o deputado Nelo Rodolfo (PMDB-SP) disse que Edmundo "não era nenhum santo" e começou a expor os problemas pessoais do jogador, como a condenação por homicídio em conseqüência de um acidente de carro.

O presidente da comissão, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), bateu boca com Rodolfo, para exigir o respeito ao depoente. Edmundo que assistia a tudo de braços cruzados partiu também para a sua defesa. "Tenho problemas particulares como todo mundo e quem não tiver que atire a primeira pedra". Os populares, em pé no fundo da comissão, aplaudiram o jogador, mas foram repreendidos por Rebelo: "isto é uma CPI e não uma torcida organizada".

Vasco - O jogador aproveitou a sessão para queixar-se diretamente ao presidente do Vasco, deputado Eurico Miranda (PPB-RJ), de ter preferido Romário como capitão do time em substituição a ele. Edmundo também deixou claro que à exceção desse desentendimento profissional, ele sempre teve Eurico como um pai. Os dois se conheceram quando o jogador tinha oito anos de idade. Edmundo, no entanto, chamou Eurico de "doutor" quando respondia às suas perguntas, durante a sessão da CPI.

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Agência Estado

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