Atualizada às 14h36
O técnico Wanderley Luxemburgo identificou apenas como Vadinho o suposto empresário que teria lhe telefonado oferecendo dinheiro em troca da convocação de um jogador para a seleção brasileira. “Era um atleta do Sport, que jogava ao lado de Jackson, mas não me lembro o nome. Não convoquei o jogador e encerrei a história ali mesmo”, revelou Luxemburgo. Segundo ele, esta foi a única vez em que alguém tentou suborná-lo. O treinador garantiu não saber o nome completo do procurador e ou mesmo o primeiro nome do jogador. Só identifiocou Vadinho depois de vários senadores o pressionarem sobre o nome dos empresários que teriam feito propostas de suborno. No programa Cartão Verde, da TV Cultura, Luxemburgo afirmou que tentativas de suborno ocorrem com freqüência no futebol.
A história do técnico não deixou os senadores satisfeitos. “Vadinho é um nome que pode ter sido inventado. Mas, vamos esperar até o final da sessão, quando o senhor Wanderley Luxemburgo poderá pedir uma sessão secreta ou declinar os nomes em público”, afirmou o relator da CPI, Geraldo Althoff (PFL-SC). Portanto, Luxemburgo ainda corre o risco de ser preso, caso não revele até o final da sessão os nomes do empresário que ele disse, em programa da TV Cultura, tentarem interferir na convocação de jogadores para a seleção brasileira.
Como está sob juramento, Luxemburgo é obrigado a falar a verdade. Por ter escondido a verdade no depoimento, o técnico poderia até ter a prisão solicitada pelos senadores ao fim da sessão.
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