O presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, que presidiu a delegação brasileira na Copa do Mundo de 1998 prestou depoimento nesta quinta-feira na CPI da Câmara, que investiga supostas irregularidades no contrato entre a CBF e a Nike. Koff contou que um funcionário da Fifa o procurou, 15 minutos antes da decisão do Mundial, e pediu para que o atacante Ronaldo fosse escalado para enfrentar a França, mesmo tendo passado por uma crise de origem nervosa poucas horas antes do jogo.Segundo Koff, a comissão técnica da Seleção Brasileira tinha optado por escalar o atacante Edmundo para o jogo, mas que a decisão foi alterada depois que este membro da Fifa afirmou que Ronaldo deveria disputar o jogo. Koff garantiu que foi avisado do problema com Ronaldo cerca de três horas antes da partida. Pouco antes do jogo, o dirigente assinou documento com a escalação de Ronaldo e assumiu que anteriormente tinha incluído o jogador entre os reservas, para que pudesse ser escalado se estivesse em condições.
Ele confirmou que a comissão técnica se reuniu para discutir o tema e fez um pacto para que o assunto fosse mantido em sigilo. Desmentindo o que o atacante Edmundo falou em seu depoimento, Koff afirmou que nenhum dirigente da Nike participava das reuniões da comissão técnica. Apesar disso, o dirigente disse desconhecer o contrato que a empresa de material esportivo tem com a CBF.
Koff também desmentiu uma reportagem publicada pela “Folha de S. Paulo”, dando conta de que o Clube dos 13 entraria na Justiça para impedir que o sigilo bancário dos clubes fosse quebrado. “Nós pretendemos apenas escalar um advogado para acompanhar os trabalhos da CPI”, afirmou Koff.
Após o depoimento, o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), presidente da CPI, disse que o depoimento de Koff apresentou contradições em relação ao de Zagallo. O deputado não descartou uma possível acareação entre os dois.
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