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Empresários levaram 23 menores para jogar no exterior

Terça, 05 de dezembro de 2000, 19h56min
O jornalista Jaeci de Carvalho denunciou hoje, durante seu depoimento à CPI da Nike, na Câmara dos Deputados, que os empresários Adaílton Nunes e Antônio Carvalho negociaram 23 jogadores brasileiros de futebol menores de idade para a Polônia, durante o ano de 1997. Segundo o depoente, os empresários prometiam casa e conforto para os garotos. Mas chegando naquele país, o salário era apenas de US$ 250 e eles dormiam na arquibancada do clube polonês LKS.

Para investigar a denúncia, o deputado Rosinha (PT-PR) deve pedir amanhã, à presidência da CPI, que convoque os empresários para depor. "Esses dois empresários têm de ser ouvidos. Se ninguém apresentar um requerimento nesse sentido, eu mesmo o apresentarei", garantiu o parlamentar, afirmando que a Polícia Federal deveria investigar com mais rigor a saída dos adolescentes brasileiros do País.

Jaeci de Carvalho admitiu também que "os jogadores, quando são influenciados por empresários inescrupulosos, não podem procurar as embaixadas e nem os consulados brasileiros no exterior porque são orientados pelos próprios empresários a não fazerem isso.

Neste caso, eles passam fome e às vezes não têm onde morar", atacou o jornalista, informando que a Bélgica é a principal porta de entrada para os garotos brasileiros com passaportes falsos atuarem na Europa. Segundo ele, o governo belga não é rigoroso em relação a isso.

O jornalista afirmou ainda que não só os garotos brasileiros sofrem com os agentes. Segundo ele, cinco mil jogadores estrangeiros menores de idade estão espalhados pelo mundo sem qualquer tipo de assessoria.

O outro depoente da tarde foi o comentarista esportivo Leandro Quesada. Ele baseou seu depoimento em histórias de garotos brasileiros que vão tentar a vida de jogador de futebol, influenciados por "pseudo-empresários" e acabam se decepcionando.

Uma delas aconteceu com o ex-jogador do Corinthians, Jorginho. "O atleta saiu do Brasil na metade da década de 80 para jogar na Rússia. Ele foi seduzido por um empresário que garantiu que o jogador teria direito, além do salário, a uma limosine e duas loiras para cada gol que ele fizesse. Passado algum tempo, ele não tinha dinheiro nem para comprar uma ficha telefônica para poder falar com seus pais", contou Quesada.

De acordo com ele, a CPI da Nike está no caminho certo. "É preciso acabar com esses empresários trambiqueiros e desmascarar todas as tramóias que existem em nosso futebol, criando uma nova legislação esportiva. Confio nos trabalhos dos parlamentares", discursou o comentarista esportivo. Apesar das denúncias, o único nome citado pelo depoente à CPI da Nike foi o de Édson de Souza, que atuava no município de Americana (SP) e está foragido atualmente. Segundo Quesada, ele garimpava novos jogadores no interior de São Paulo para atuar em grandes centros urbanos do estado.

Saiba mais no especial:
href="https://www.terra.com.br/noticias/especial/cpidofutebol/capa.htm">O futebol no Congresso

Agência Brasil

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