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Fax aumenta suspeitas contra Careca

Quinta, 07 de dezembro de 2000, 16h54min
Um fax, supostamente enviado ao ex-presidente do São Bento de Sorocaba, Edgard de Almeida Moura, pode reforçar as suspeitas de que o ex-atacante da Seleção Brasileira Careca estaria envolvido com a compra de passaportes falsos para jogadores brasileiros atuarem na Europa. No suposto fax, Careca teria pedido a Moura R$ 15.249,99 para pagar parte das despesas com a liberação de um passaporte definitivo ao jogador Jedaias Capucho Neves, o Jeda, que está jogando pelo clube Vicenza, na Itália.

O fax é citado numa ação de prestação de contas que Moura move contra o Campinas Futebol Clube, time da série B2 dirigido por Careca. Embora afirme ter recebido o fax do ex-atacante, Moura não anexou o documento ao processo, protocolado em 5 de julho, na 2 Vara Cível de Campinas. Com base nesse fato, a defesa de Careca está contestando a acusação e afirma ter havido "má fé" por parte do ex-cartola.

No processo, de número 2106/00, Moura cobra de Careca esclarecimentos sobre supostas transações que o ex-atacante teria realizado com clubes italianos, envolvendo jogadores brasileiros. Os negócios teriam ocorrido em fevereiro, quando o time do Campinas Futebol Clube foi à Itália para participar da Copa Carnevalle, na cidade de Viareggio. Jeda estava no Grupo.
Antes da excursão, Moura e Careca assinaram um termo de acordo, comprometendo-se a dividir as despesas da viagem. Pelo acordo, firmado em 25 de janeiro, Moura participaria com R$ 35 mil, referente a 50% das despesas. O ex-cartola diz no processo que o campeonato serviria de "vitrine" para os jogadores. Se as apresentações fossem bem sucedidas, segundo Moura, haveria chances de negociar os atletas no mercado italiano. O acordo assinado entre Careca e Moura também previa os percentuais que caberiam a cada um, caso algum jogador fosse negociado.

Se o atleta fosse indicado por Moura, o ex-cartola ficaria com 40% da venda e o Campinas Futebol Clube com 60%. Se o jogador fosse indicado pelo clube de Campinas, Moura ficaria com 30% e Careca com 70%. Depois da viagem, o documento ainda teria validade por 120 dias. O time de Campinas ficou em terceiro lugar na Copa Carnevalle. Com isso, segundo Moura, o Campinas Futebol Clube teria conseguido negociar na Itália os jogadores Jeda e André Augusto Leone, o Dedé, que foram atuar pelo Vicenzza. No processo, Moura diz, ainda, que na mesma época estavam sendo negociados com o F.C. Juventus, os jogadores Fabrício de Souza e Carlos Rodrigo Correa.

No processo, Moura diz que Careca teria desrespeitado o acordo entre ambos ao realizar as transações sem consultá-lo. O ex-cartola diz que só ficou sabendo das vendas dos jogadores por intermédio de amigos. "As cifras ultrapassavam a casa de US$ 1 milhão", diz no processo. Moura conta que tentou conversar com Careca várias vezes, mas não foi atendido.

Após retornar ao Brasil, Moura diz que recebeu o fax de Careca, cobrando os R$ 15. 249,99. Esse valor, segundo o ex-cartola, equivaleria a um terço das despesas que Careca teria pago para tirar o passaporte definitivo de Jeda. "Por que um jogador que não foi negociado precisaria de um passaporte definitivo?", questiona Moura no processo. E, em seguida, completa: "Será que um passaporte definitivo custa realmente US$ 25 mil, conforme o fax?".

A defesa de Careca contesta a acusação alegando falta de provas. "Onde encontra-se o fax?", questiona o advogado do ex-atacante, Roberto Persinotti Júnior. Moura não foi localizado hoje (07) para mostrar o documento. Seu irmão e sócio, Wagner Moura, informou que o ex-cartola estava viajando. O advogado de Moura, Marcus Alberto Morais, também não foi localizado para comprovar a existência do fax.

Entenda as CPIs do Futebol
Agência Estado

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