O empresário Hélio Correa, conhecido como Helinho, afirmou nesta quinta-feira que o técnico Wanderley Luxemburgo cometeu um equívoco ao declarar que repassara a Edmundo um cheque de R$ 200 mil, para saldar um empréstimo com o atleta. De acordo com Luxemburgo, seria esse o cheque depositado numa conta da empresa Compugraphics, supostamente ligada ao esquema do narcotráfico no Brasil. Helinho, que trabalha também como assessor de Imprensa do atacante do Santos, assegurou que a dívida do ex-técnico da seleção brasileira com Edmundo era em valores "bem menores". Não soube, porém, precisar a quantia. "Isso tudo é muito estranho, não sei onde o Wanderley quer chegar", disse Helinho. Nesta quinta-feira, ele manteve vários contatos, por telefone, com Edmundo, para obter um esclarecimento sobre o assunto. Helinho determinou ao contador do jogador - preferiu não divulgar o nome dele - que averiguasse as contas do atleta desde agosto de 1998, data do cheque assinado por Luxemburgo.
O empresário disse que Edmundo ficou "intrigado" com o envolvimento de seu nome no episódio. Helinho informou ainda que a transação entre Luxemburgo e o atacante do Santos ocorreu quando ambos estavam no Palmeiras. "Foi um empréstimo pedido pelo treinador. A gente não lembra qual era a finalidade. Depois o Luxemburgo pagou."
Edmundo passa as férias no Rio e só deve retornar a Santos em duas semanas. Ele até atendeu à chamada telefônica, em seu aparelho celular, mas pediu desculpas por não querer se pronunciar sobre o caso.
Saiba mais nos especiais:
O futebol no Congresso
A CPI do Narcotráfico