Atualizada às 13h45
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, admitiu há pouco a autoria de uma carta, assinada no ano passado pelos ex-técnicos da seleção brasileira Zagallo e Wanderley Luxemburgo, que nega a influência da Nike na convocação e escalação de jogadores. A carta foi enviada ao Congresso na época em que ainda tentava se criar uma CPI para investigar o futebol brasileiro.
Ao depor na CPI da Nike, da Câmara dos Deputados, Zagallo garantiu não ter sido o autor da carta, apenas tê-la assinado a pedido da CBF. Ricardo Teixeira disse que a iniciativa foi tomada para desmentir informações falsas sobre a presença da Nike na seleção brasileira.
Teixeira revelou também que o presidente da Federação Metropolitana de Futebol do Distrito Federal, Weber Magalhães, o presidente do Gama, Wagner Marques, e o deputado distrital Agrício Brada (PFL), tentaram que a CBF pagasse R$ 2,5 milhões ao Gama como compensação por deixá-lo fora da Copa João Havelange. O valor corresponderia ao prejuízo do clube caso não disputasse a competição. Ele disse que não houve nenhum pagamento.
Sobre a ida de jogadores de futebol adolescentes para o exterior, denunciada pela CPI da Nike, Ricardo Teixeira disse que não tinha conhecimento até então. "Só tomei conhecimento pela divulgação na imprensa", afirmou. Ele disse à CPI que a CBF é um cartório e apenas registra as transferências, não podendo analisar essas transações.
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